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Manifesto anti-homofobia, 'Grandma' passa domingo na TV

 

Por Rodrigo Fonseca
Atualização:

Lily Tomlin e Julia Garner em "Grandma": dia 5, 21h, no Max  Foto: Estadão

Só a homofobia (ou o descaso com o cinema cult) pode justificar o fato de Grandma (batizado no IMDB Brasil com o pavoroso título Aprendendo com a Vovó) não entrar em cartaz no circuito nacional, indo diretamente para a TV. O canal Max anuncia uma projeção do longa-metragem para este domingo, dia 5, às 21h. Não há como perder o desempenho visceral de Lily Tomlin.

 Foto: Estadão

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Xodó de Robert Altman nos anos tempos cinemanovistas de pérolas como Nashville (1974), coprotagonista da série Grace and Frankie com Jane Fonda e adorada como um dos pilares da comédia moderna nos EUA, Mary Jean "Lily" Tomlin chegou aos 76 anos no dia 1º de setembro coroada com um papel que poderia, enfim, ter garantido à sua carreira um merecido Oscar de melhor atriz. Mas o excesso de pudor da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood atrapalhou seus passos. Ela concorreu ao Globo de Ouro e o longa entrou no Top Ten do National Board of Review. Mas foi pouco. Lily é a alma e o coração de Grandma, drama on the road de tintas cômicas, pilotado por Paul Weitz. É um roteiro enxuto e sem proselitismos no retrato da condição homossexual, sem levantar bandeiras que não a da convergência, da paz. Lily  é a poetiza Elle, uma figura mítica nas loucas décadas de 1960 e 70 que hoje vive a dor da perda da companheira de 38 anos. Tem uma namorada nova, mas esta não entende seu jeitão introspectivo e seu egocentrismo. Mas eis que a gravidez de sua neta, Sage (o quindim Julia Garner) vai tirar Elle da inércia, rendendo cenas impagáveis enquanto ela ajuda a jovem a arrumar dinheiro para um aborto. A participação de Sam Elliott, soberbo, como um amor do passado da poeta, é de extrair lágrimas. Para relembrar de Lily em seus dias de glória, confira Um Espírito Baixou em Mim (1984) e A Incrível Mulher que Encolheu (1981), escrito pela namorada da atriz: Jane Wagner.

 

 

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