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De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

'Manchester à Beira-Mar' é uma aposta quente e comovente para o Oscar

Por Rodrigo Fonseca
Atualização:
Casey Affleck estrela "Manchester à Beira-Mar", uma das apostas para o Oscar  Foto: Estadão

RODRIGO FONSECAApontado há meses em sites de apostas para o Oscar (como o quente Awards Daily) como um potencial concorrente a estatuetas em 2017, Manchester à Beira-Mar virou o "filme-quindim" do Festival do Rio 2016 com todos os méritos e faz jus a toda a expectativa que criou para prêmios, desde sua aclamada passagem por Sundance em janeiro. Casey Affleck não apenas desce às raias do mais penoso dos infernos num papel que é, de início, apatia plena, como redefine todos os conceitos do que seria intangibilidade emocional nas telas. Mas o longa-metragem do dramaturgo Kenneth Lonergan (autor de Essa Nossa Juventude) vai muito além da potência de seu ator principal: ele traz um novo arrazoado de caminhos dramatúrgicos para a construção de roteiros. Sua preciosidade maior reside aí, na dramaturgia, na maneira como ralenta as justificativas para as motivações e para as doenças emocionais de seus personagens. A trama é um fiapo de intriga, que ele vai encapando com memórias e com subenredos paralelos: o faz-tudo Lee (Casey) é avisado da morte súbita de seu irmão, portador de problemas cardíacos. Caberá a Lee a tutela de seu sobrinho de 16 anos. Mas para isso, ele terá de voltar à sua cidade natal, onde ardem fantasmas de uma tragédia pessoal.

Neste sábado, às 21h30m, no Cine Roxy, lá em Copacabana, o Festival do Rio exibe o trabalho mais recente do irmão de Casey, o sempre polemista Ben Affleck, o atual Batman, de regresso à frente do thriller O Contador, de de Gavin O'Connor.

 

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