Nem o Homem de Aço nem o Homem-Morcego (e olha que Ben Affleck caiu feito uma luva no papel de Bruce Wayne) conseguem chamar mais atenção do que Lex Luthor no saborso Batman Vs. Superman: A Origem da Justiça, graças ao show do ator Jesse Eisenberg, nas raias da psicose. Mas não é só em blockbusters que ele reina: no dia 7 de abril, a Vitrine Filmes desencava das minas do Festival de Cannes o belíssimo drama Louder Than Bombs, do norueguês Joachim Trier, conhecido por Oslo, 31 de Agosto (2011). Eisenberg vai ao fígado da dor nesta produção, a ser batizada aqui como Mais Forte Que Bombas. Um elenco multinacional, com direito a Isabelle Huppert e Gabriel Byrne (num desempenho genial) ajuda a contar a trajetória de amadurecimento de um jovem, Conrad (Devin Druid), às voltas com a descoberta de um segredo ligado à morte de sua mãe. Isabelle é a morta - uma fotógrafa de guerra cheia de pecados a esconder - e Byrne, o pai: um professor que tenta lidar com a crise de Conrad, ao mesmo tempo em que ensaia uma nova conexão com filho mais velho, encarnado por Eisenberg. As cenas em que ele Druid tentam reatar os laços de fraternidade, após anos a fio de fria distância, rende ao longa-metragem momentos de lirismo. A habilidade de Trier para conjugar vários assuntos - guerras no exterior, infidelidade, amizade entre irmãos - rendeu a ele resenhas entusiasmadas na Croisette.
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Aliás, amanhã deve ser anunciado o filme de abertura de Cannes deste e aposta maior é que seja Jogo do Dinheiro, de Jodie Foster, com George Clooney e Julia Roberts. A outra opção é Finding Dory, a tardia continuação de Procurando Nemo (2003).