PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

Leos Carax e o superpoder da ironia

Por Rodrigo Fonseca
Atualização:

Rodrigo Fonseca Entre os filmes mais esperados do ano, ao lado de "On The Rocks", de Sofia Coppola; "Tenet", de Christopher Nolan; e "Destacamento Blood", de Spike Lee, há um lugar de honra para o novo trabalho do francês Leos Carax, o musical "Annette", que era esperado para Cannes, mas acabou adiado para o segundo semestre. Na trama, uma cantora de ópera (Marion Cotillard) e um comediante (Adam Driver) têm uma filha que nasce com poderes especiais. Os dotes sobre-humanos da menina vão trazer problemas para os dois. Irreverente por natureza, o diretor de "Sangue Ruim" (1986), sumido das telas de "Holy Motors" (2012), esboçou desejo de enveredar pelo universo dos super-heróis em uma entrevista concedida no Festival do Rio, há oito anos. Na ocasião, este mito da irreverêincia ficou interessado nas HQs "Força Psi", da Marvel Comics. Mas em vez de trilhar o universo da Casa das Ideias, optou por criar uma dramaturgia particular, com sua marca de malícia. Malícia essa que se manifesta em uma foto postada por sua ex-namorada, a atriz Juliette Binoche, retratando a picardia do diretor de 59 anos na resistência à pandemia.

 Foto: Estadão

PUBLICIDADE

Carax foi crítico de cinema, com especial predileção pela era muda da indústria audiovisual. Em 1984, com "Boy Meets Girl", ele arrebatou elogios e adquiriu prestígio como cineasta, tendo conquistado o Leopardo de Ouro Honorário no Festival de Locarno de 2012 pelo conjunto de sua obra.

p.s.: Roteirista de "Flores Raras" (2013) e de "2 Filhos de Francisco" (2005), Carolina Kotscho fala sobre o ofício de escrever filmes e séries na roda de conversas Gabinete Digital de Leitura, com link no GShow, pilotado pelo Dick Tracy da dramaturgia serializada, Gustavo Gontijo. Ele que é o ditongo, o tritongo e o pronome pessoal do caso reto do estudo de roteiros vai passar em revista toda a trajetória da autora responsável pela trama de "Não Pare Na Pista: A Melhor História de Paulo Coelho" (2014). Carolina preside hoje a Associação Brasileira de Roteiristas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.