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'Laços' atados com o cinema italiano

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Por Rodrigo Fonseca
Atualização:
"Laços" ("Lacci") abriu o Festival de Veneza em 2020 Foto: Estadão

Rodrigo Fonseca Apresentado aos brasileiros com "Meu Irmão É Filho Único" (2007), o romano Daniele Luchetti anda envolvido com a série "A Amiga Genial", mas nunca deixa o circuito de lado, como prova a inclusão de "Laços" ("Lacci"), seu mais recente longa-metragem, baseado em um romance best-seller de Domenico Starnone, na 8 ½ Festa do Cinema Italiano. Projetado hors-concours na abertura do Festival de Veneza de 2020, esse drama afetivo de tons cômicos tem sessão neste domingo no Brasil, no evento, em Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e em Brasília, às 20h30. Passa ainda neste 31 de julho em São Paulo, no Espaço Itaú da Augusta, às 19h, e no Recife, `s 20h55, no Moviemax Rosa e Silva. A projeção no Rio de Janeiro, no Espaço Itaú de Botafogo vai ser na terça, às 20h15. Um dos mais prolíficos mestres do filão "comédia triste" em sua pátria, Luchetti reconstitui a Nápoles da década de 1980, para narrar os conflitos no casamento de Vanda e Aldo (Alba Rohwacher e Luigi Lo Cascio), que entra em xeque depois que ele se apaixona por uma jovem, Lidia. Mas o mote da trama é o fato de, 30 anos depois da separação de corpos, eles continuarem legal e afetivamente casados. Já adultos, seus filhos vivem as consequências dessa estranha fase. Baseado no livro de Domenico Starnone. "Intuitivo, filmo ao sabor da experiência, buscando o humor em sua dimensão mais humana. Não tenho o hábito utilizar os diretores de que gosto como parâmetro para o que filmo: gente, em suas horas mais azedas e em suas horas mais contentes", disse Luchetti ao P de Pop, há um ano, quando começou o projeto de "Lacci". "Gosto muito de Ken Loach, por exemplo, por ficar encantado com o fato de ele construir uma dramaturgia viva, sem medo de ser palavroso, sem a necessidade de uma estetização da imagem. A fotografia é realista, simples, sem adereços. O apreço que tenho por ele me ilumina, mas eu não tento reproduzi seu caminho. É difícil criar uma imagem original no cinema contemporâneo. Mas isso não me obriga a reproduzir passo a passo os enquadramentos dos cineastas de que gosto. É a dramaturgia que me dá o caminho".

p.s.: Nesta segunda, a TV Globo exibe "Creed II" na "Tela Quente", com Michael B. Jordan e Sylvester Stallone.

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