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De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

JLo em fase de reinvenção... e excelência

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Por Rodrigo Fonseca
Atualização:

Rodrigo Fonseca Por conta dos efeitos da pandemia, não se sabe ainda quando estreia "Marry Me", comédia romântica em que Jennifer Lopez, no papel de uma diva da canção pop chutada pelo noivo, oferece a um desconhecido (no caso, Owen Wilson), uma chance de se casar com ela. Mas já se desconfia de que um potencial sucesso possa vir daí, e mais... pode vir uma atuação de peso com cacife para prêmios, uma vez que a atriz, cantora e produtora nova-iorquina, de origem porto-riquenha, hoje vive um momento de renovação. Basta ver toda a consagração de seu trabalho em "As Golpistas" ("Hustlers"), pelo qual concorreu ao Globo de Ouro de melhor coadjuvante, em janeiro. Aos 50 anos, JLo se manteve diva nas pistas, onde emplaca hits aqui e ali (como "On the floor"), tendo um histórico de sucessos nas telas, como o cult lisérgico "A Cela" (2000) e o mingau de farinha láctea "O Casamento dos Meus Sonhos" (2001). Para voltar às boas com o circuito exibidor, ela arriscou fazer seu público sorrir com "Second Act", por aqui chamado "Uma Nova Chance", produção de US$ 16 milhões pilotada pelo (às vezes surpreendente) diretor Peter Segal, que encantou as telas com o genial "Como se fosse a primeira vez", com Drew Barrymore e Adam Sandler em 2004. É um filme que a HBO importou pra si. Está no HBOGo, o streaming da empresa, e está na sua grade de TV a cabo, com sessão nesta quinta, às 22h. Segal, aqui, construiu a narrativa como o decalque de um marco dos anos 1980: "Uma secretária de futuro" (1988). Mas lá, na matriz, havia Harrison Ford, música de Carly Simon ("Let the river run") e Mike Nichols na direção. Cá, temos o empenho de Jennifer, num esforço de dar vida a uma vendedora cheia de frustrações, que consegue se fazer passar por uma executiva altamente gabaritada, a fim de galgar novos patamares na pirâmide social. Ela conta com a ajuda luxuosa de Milo Ventimiglia (o Jack da série "This Is Us" e filho de Stallone nas franquias "Rocky" e "Creed") no papel do namorado boa praça de Jennifer. A inteligência dramática de Milo dilui o gosto de produto genérico deste esboço de "Cinderella", que renova o ferramental cênico de sua estrela.

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