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De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

Festival Varilux: 190 mil espectadores pode ser o horizonte francês

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Por Rodrigo Fonseca
Atualização:

Rodrigo FonsecaSó se fala em François Ozon entre os cinéfilos do Rio de Janeiro pelo barulho moral e cívico de seu mais recente longa-metragem, "Graças a Deus" ("Grâce à Dieu"), ganhador do Grande Prêmio do Júri do Festival de Berlim, na programação do Varilux 2019. A releitura que Ozon fez da luta de três homens de Lyon (Melvil Poupaud, Denis Ménochet e Swann Arlaud) para levar à Justiça o padre que abusou deles na infância vem lotando salas de cinema por todo o país, nas 80 cidades por onde a maratona cinéfila francesa se espalha. Emmanuelle Boudier, que responde pela organização do evento, fala de diversidade estética. Ao lado do curador Christian Boudier, da Bonfilm, ela trouxe ao Brasil outras joias, como "Finalmente livres", de Pierre Salvadori, e "Meu bebê", de Lisa Azuelos. "Desde que o festival nasceu, em 2010, nós nos esforçamos em ampliar o público, formando novas plateias, indo a lugares onde, habitualmente, não há muito cinema francês. O fato de o cinema ter crescido bastante faz com que ele vá a cidades muito afastadas das grandes capitais regionais, onde, habitualmente, não há muita oferta", diz Emmanuelle Boudier, que sonha superar a marca de 172 mil espectadores de 2018, chegando a 190 mil brasileiros em sua plateia total. "Nós nos esforçamos para fazer muitas sessões educativas, de democratização, organizadas gratuitamente, graças a uma parceria com o Sesc. Exibimos em 29 unidades do Sesc, no ano passado, e em 21 esse ano. Isso contribui para formar novas plateias. O Festival não se limita a ser exibido nos ditos cinemas de arte. Ele é exibido em redes exibidoras diferentes, como Cinépolis, Cinemark, Espaço Itaú, Kinoplex. Assim, ele atinge um público que nem sempre frequente festivais, que não necessariamente é cinéfilo. Atinge pessoas que, simplesmente, vão ao cinema e podem ver esses filmes franceses em salas comerciais".

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