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De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

Festival de Berlim seleciona bangue-bangue gaúcho

Por Rodrigo Fonseca
Atualização:
"Rifle", ganhador dos prêmios de melhor som e melhor roteiro em Brasília, vai para a mostra Berlinale Spotlight no Marrocos  Foto: Estadão

RODRIGO FONSECA Um dos filmes mais inquietantes do último Festival de Brasília, marcado por uma reflexão sobre território como pertença e como identidade, Rifle, de Davi Pretto, uma espécie de bangue-bangue gaúcho, vai integrar a seção Fórum da Berlinale 67 (9 a 19 de fevereiro), em projeção paralela à disputa pelo Urso de Ouro. Laureado com o prêmio de melhor roteiro e o de melhor som em território brasiliense, o novo longa-metragem do realizador de Castanha (2014) acompanha a realidade de uma estância rural nos cafundós do Brasil que será palco de uma luta (armada) por posse. Violência se deflagra sob o local quando um fazendeiro rico esboça o desejo de comprar uma pequena propriedade cujo faz-tudo, Dione (vivido pelo estreante e não-profissional Dione Ávila de Oliveira), vai reagir ao assédio do poderoso potencial comprador com a arma do título. A narrativa, baseada em um processo observacional minucioso, cria um clima sufocante de tensão.

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Desde 2008, ano da vitória de Tropa de Elite na Berlinale, não se via uma esquadra brasileira tão ampla no evento germânico. Até o momento, contando com Rifle, a participação brasileira inclui oito longas. Na competição oficial concorre Joaquim, de Marcelo Gomes, sobre os bastidores da Inconfidência Mineira. Na seção Panorama, ainda não completa, entraram Pendular, de Julia Murat, e Vazante, de Daniela Thomas. Na mostra Geração, estão A Mulher do Pai, de Cristiane Oliveira, As Duas Irenes, de Fábio Meira, e Não Devore Meu Coração, de Felipe Bragança. Entraram ainda os curtas Estás Vendo Coisas, de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca (este na briga pelo Urso de Ouro) e Em Busca da Terra Sem Males, de Anna Azevedo (que ficou na mostra Generation KPlus. E João Moreira Salles lançará o seu No Intenso Agora por lá no Panorama Dokumente, encerrando um jejum de dez anos sem lançar filmes depois da consagração de Santiago.

 

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