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Especulações para o Festival de Veneza

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Por Rodrigo Fonseca
Atualização:

RODRIGO FONSECA Suspeita-se de que Penélope Cruz vá presidir o júri do Festival de Veneza, cuja 79ª edição será realizada de 31 de agosto a 10 de setembro, tendo escolhido o diretor Paul Schrader como seu homenageado do ano, para receber um troféu honorário pelo conjunto de sua obra. Nada foi confirmado ainda. Mas estima-se que o novo thriller de Schrader, "The Master Gardener", será exibido lá, fora de concurso. Laureada no Lido com a Copa Volpi de 2021 por sua atuação em "Madres Paralelas", Penélope pode integrar a seleção hors-concours com "Em Los Márgenes", de Juan Diego Botto, ou com "L'Immensità", de Emanuele Crialese. Mas o interesse da indústria está na disputa pelo Leão de Ouro. Fala-se desde já nos possíveis competidores:

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"MUSIK", DE ANGELA SCHANELEC (Alemanha): Três anos depois de conquistar o prêmio de melhor direção no Festival de Berlim por "Eu Estava Em Casa, Mas..." (2019), a realizadora alemã pode surpreender Cannes com um drama regado a Complexo de Édipo. Na trama, um rapaz germânico criado por uma família adotiva na Grécia mata um sujeito sem saber que este é seu pai biológico. Na prisão, ele viverá uma história de amor com uma agente penitenciária mais velha, sem saber que esta é sua mãe verdadeira.

"CHOCOBAR", DE LUCRECIA MARTEL (Argentina): Cinco anos depois do aclamado "Zama", a diretora argentina aposta nas narrativas documentais, explorando os bastidores políticos da morte do militante indígena Javier Chocobar por latifundiários.

"THE WHALE", DE DARREN ARONOFSKY (EUA): Ganhador do Leão de Ouro de 2008 por "O Lutador", o polêmico cineasta americano debate a gordofobia ao discutir a história de um professor (Brendan Fraser) que engordou enormemente e se afastou da sociedade enquanto afundou na obesidade, rompendo os laços familiares.

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"Blonde" Foto: Estadão

"LA COLLINE PARFUMEE", DE ABDERRAHMANE SISSAKO (Mauritânia): O diretor indicado ao Oscar por "Timbuktu" (2014) fala de um amor entre imigrantes chineses e africanos em meio à opressão da xenofobia.

"BARDO", DE ALEJANDRO GONZÁLEZ IÑÁRRITU (MÉXICO): Longe dos longas-metragens desde que ganhou o Oscar com "O Regresso", em 2016, o realizador de "Birdman" (2014) volta ao formato com o que parece ser uma comédia sobre a realidade social mexicana, tendo Daniel Giménez Cacho (de "Má Educação") como protagonista.

"BLONDE", DE ANDREW DOMINIK (EUA): Polêmica desde suas filmagens a biopic de Marilyn Monroe pode consagrar a cubana Ana de Armas com um prêmio à altura de seu talento.

"PASHMINA", DE GURINDER CHADHA (Reino Unido): Nascida no Quênia, a cineasta inglesa de origem indiana aposta na linguagem de animação para narrar o périplo de uma adolescente pra descobrir sua ancestralidade a partir de um cachecol.

"ARGENTINA, 1985", DE SANTIAGO MITRE (Argentina): No novo filme do realizador de "Paulina" (2015), Ricardo Darín integra um time de advogados que devassaram a junta militar responsável pela tortura durante a ditatura em seu país.

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"THE WAY OF THE WIND", DE TERENCE MALICK (EUA): Apoiado num elenco monumental (Matthias Schoenaerts, Mathieu Kassovitz, Aidan Turner, Mark Rylance, Ben Kingsley), o realizador de "A Árvore da Vida" (2011) investiga a vida de Cristo por ângulos inusitados.

"LOS VIEJOS SOLDADOS", DE JORGE SANJINÉS (Bolívia): O veteraníssimo diretor de "A Nação Clandestina" (1989) regressa à ficção para narrar a jornada de um grupo de revolucionários da América Latina hoje, numa luta contra contratempos do capitalismo.

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