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De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

Épico amazônico de James Gray aquece ala 'indie' dos EUA

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Por Rodrigo Fonseca
Atualização:
Charlie Hunnam vive Percy Fawcett em "Z: A Cidade Perdida", relato do explorador que viveu mil perigos na Amazônia  Foto: Estadão

RODRIGO FONSECATomado por filmes avessos a convenções como o documentário Jeremiah Tower: The Last Magnificent, sobre um chef de cozinha fora da casinha, e o drama de época A Quiet Passion, sobre a poeta Emily Dickinson, o circuito de arte dos EUA prova neste fim de semana de um gostinho de Brasil, pela colher de chá de James Gray, nas trilhas amazônicas de The Lost City of Z. Alvo de controvérsias e polêmicas no 67º Festival de Berlim, onde foi exibido fora de concurso, em fevereiro, o longa-metragem resgata as aventuras do explorador britânico Percy Fawcett. O papel coube ao ótimo Charlie Hunnam, de A Colina Escarlate (2015). Aqui, a produção será lançada com o título de Z: A Cidade Perdida. A previsão de estreia é 1º de junho, via Imagem Filmes.

 

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Calcado na Amazônia, com várias referências ao Brasil, incluindo um anão que fala português, este épico intimista, cuja fotografia (de Darius Khondji) acentua um tom claustrofóbico, é produzido por Brad Pitt a partir de sua Plan B. Mais do que recriar as expedições amazônicas de Fawcett - onde este NUNCA ataca os índios, num sinal de respeito pelas culturas da selva -, Gray investe na investigação histórica, ressaltando o envolvimento de seu protagonista na I Guerra Mundial. As cenas de batalha em trincheiras levaram ao cinemas art house dos Estados Unidos um colorido ocre, muito sangrento, mas visualmente sofisticado.

Respeitado por longas como Amantes (2008) e Fuga para Odessa, pelo qual ganhou o Leão de Prata no Festival de Veneza de 1994, Gray vai filmar agora a ficção científica Ad Astra, com produção do brasileiro Rodrigo Teixeira e sua RT Features.

 

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