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'Concorrência Oficial' chega sexta ao Star+

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Por Rodrigo Fonseca
Atualização:
Penélope Cruz e Antonio Banderas desafiam estereótipos em "Concorrência Oficial" Foto: Estadão

Rodrigo Fonseca Indicado ao Leão de Ouro de Veneza, em setembro passado, a delícia "Concorrência oficial" ("Competencia Oficial"), dos argentinos Mariano Cohn e Gastón Duprat, vai estrear nesta sexta no Brasil, vi streaminguesfera, na grade do Star+. Nos últimos dez meses, o longa correu telas nos festivais de San Sebastián, Cairo e Tribeca, habilitando seus realizadores à consagração nas franjas de Hollywood. O novo filme dos realizadores de "O Cidadão Ilustre" (2016) troca a Argentina natal deles pela Espanha. Lá, a dupla narra a trama de dois atores de estilos muito diferentes, o politizado Iván Torres (Oscar Martínez) e o mimado galã Félix Rivero (Antonio Banderas), que entram em conflito durante a preparação de um filme financiado por um milionário ganancioso. Essa dupla, que se antipatiza de imediato, é guiada por uma cineasta cheia das excentricidades, Lola Cuevas, vivida por Penélope Cruz, que emplaca uma de suas personagens mais divertidas. Penélope e Banderas trabalharam juntos no almodovariano "Dor e Glória", em 2019. Martínez, que fez carreira nos palcos e nas telas de Buenos Aires, ganhou prestígio internacional em 2016, ao receber a Copa Volpi de Melhor Interpretação por "O Cidadão Ilustre", também de Duprat e Cohn, que será jurado em Veneza este ano. "A direção desse filme foi idealizada de modo a simular uma narrativa documental, registrando um conflito que todos levam a sério, menos a gente", disse Cohn, que deu a Penélope um perfil feroz de cineasta experimental, avessa aos ditames do mercado, mas cheia de discursos esnobes. Banderas encara a figura de Félix como uma síntese dos limites do humor nestes tempos de forte patrulha da correção política. "É difícil fazer comédia sem incorrer em polêmicas e sem provocar", diz o ator, indicado ao Oscar, em 2020, por "Dor e Glória". "Apesar do politicamente correto estar em pauta hoje, ainda necessário desafiar a realidade por meio da ironia".

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