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Cannes, Godard vem ou não vem?

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Por Rodrigo Fonseca
Atualização:
Ainda acossado, Jean-Luc disputa a Palma de Ouro com "Le Livre d'Image" Foto: Estadão

Rodrigo Fonseca Sábado é dia de Godard: Cannes agendou para 8h30 a nova aula de semiologia do diretor suíço, nascido em Paris em 1930, que se chama "Le livre d'image". É um misto de ficção, .doc e poesia - como quase tudo o que ele fez de "Acossado" (1960) até hoje - que passa pelo Islã, pelo imperialismo e pela cultura das fake news. Na abertura do festival, a presidente do júri pela Palma de Ouro de 2018, a atriz Cate Blanchett, deixou claro: "Tudo o que Godard faz é uma surpresa, é algo novo a cada filme". Mas a pergunta geral? Ele vem? Em 2010, ele furou com a Croisette, faltando à projeção de "Film Socialism" sob a alegação de que a crise grega atrapalhou sua vida. Na quarta, Cannes comemorou uma vitória na Justiça: uma ação movida pelo produtor português Paulo Branco para impe dir a projeção do esperado "The man who killed Don Quixote", de Terry Gilliam, no encerramento do festival foi rejeitada pela Corte francesa. Branco processou o cineasta por questões de inflação no orçamento, estouro de prazos e direitos patrimoniais, mas não irá atrapalhar os planos do evento de terminar sua edição do ano com o Cavaleiro da Triste Figura (encarnado por Jonathan Pryce) logo após a entrega da Palma de Ouro por um júri presidido pela atriz Cate Blanchett. A competição segue hoje com "L'Été", do russo Kirill Serebrennikov, e "Plaire, aimer et courir vite", do (sempre frustrante) francês Christophe Honoré.

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