Rodrigo Fonseca
13 de maio de 2018 | 22h32
Rodrigo Fonseca
Visto no papel de Deus em O Novíssimo Testamento (2015), o belga Benoît Poelvoorde é uma espécie de Robin Williams do cinema francês, sempre nervoso, muito trapalhão e dotado de um jeito de falar esganiçado, que ajudou a arrecadar boa parte das gargalhadas que Le Gran Bain produziu hoje em Cannes. Escalado no festival francês na noite deste domingo, à força do prestígio popular do galã Gilles Lellouche, aqui na direção, Poelvoorde é um ímã vivo de risos na chanchada sobre uma equipe masculina de nado sincronizado. Foi a surpresa do dia neste domingo de chuva no qual, na competição, o esperado drama italiano Lazzaro Felice frustrou expectativas com seu peso etnográfico ao explorar a pobreza.
Até o momento os melhores filmes de Cannes são:
Cold War, de Pawel Pawliwoski
Wildlife, de Paul Dano
Chris the Swiss, de Anja Kofmel
Pope Francis: A Man Of His Word, de Wim Wenders
3 Faces, de Jafar Panahi
O Grande Circo Místico, de Cacá Diegues
Ash Is Purest White, de Jia Zhang-ke
Pájaros de Verano, de Cristina Gallego e Ciro Guerra
El Ángel, de Luis Ortega
Le Grand Bain, de Gilles Lellouche
Mandy, de Panos Cosmatos
Border, de Ali Abbasi
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