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De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

Astérix de Guillaume Canet avança para as telas

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Por Rodrigo Fonseca
Atualização:
Guillaume Canet vive Astérix e Gilles Lellouche é Obélix na nova versão audiovisual dos gauleses de René Goscinny e Albert Uderzo Foto: Estadão

RODRIGO FONSECA Após uma invejável carreira pela Berlinale, onde brilhou em diferentes mostras e saiu com o Urso de Prata (a láurea de Melhor de Direção dado a Claire Denis, pelo belo "Avec Amour et Acharnement"), o cinema francês promete múltiplas atrações para o 75º Festival de Cannes (17 a 28 de maio) e há uma expectativa de "Astérix & Obélix: L'Empire du Milieu" para ser a atração de abertura do evento. Thierry Frémaux, diretor artístico do evento, ainda não falou publicamente acerca de qual será seu abre-alas, mas cresce a boataria acerca da nova versão cinéfila do gaulês criado por René Goscinny (1926-1977) e Albert Uderzo (1927-2020). A direção é de um campeão da França na venda de ingressos, o ator e realizador Guillaume Canet. O próprio Canet será Astérix. Gilles Lellouche, galã, diretor e ás de arrecadações milionárias (vide "Um Banho de Vida"), vai ser Astérix. César foi confiado a Vincent Cassel. E ainda vai ter uma Cleópatra vivida por Marion Cotillard, mulher de Canet. A química entre Marion e o marido, na telona, é das mais poderosas, como prova a parceria deles em fenômenos de faturamento como o díptico "Até a Eternidade" ("Les Petits Mouchoirs", 2010) e "Estaremos Sempre Juntos" ("Nous Finirons Ensemble", 2018), visto por 5,3 milhões de pagantes e 2,7 milhões de espectadores respectivamente.

"Les Douze Travaux d'Astérix" na TV Brasil Foto: Estadão

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Esta tarde, às 14h, a TV Brasil vau mergulhar na Gália com "Os Doze Trabalhos de Asterix" ("Les Douze Travaux d'Astérix", 1976) animação dirigida por Uderzo, Goscinny e Pierre Watrin. Em uma trama divertida, os senadores romanos suspeitam de que a vila gaulesa é uma espécie de Olimpo, onde moram deuses caídos. Para manter seu trono, Júlio César propõe um acordo e envia ao povoado uma lista com doze tarefas inspiradas nos feitos de Hércules que só podem ser realizadas por seres superiores. Se os gauleses vencerem o desafio, o monarca admitirá sua derrota. Caso contrário, Astérix e seu povo terá de se render ao Império Romano, tornando-se escravos. A proposta é aceita e o herói e seu amigo Obélix vão enfrentar a ira de César. Nas livrarias brasileiras já é possível comprar "Astérix e o Grifo", escrito por Jean-Yves Ferri e desenhado por Didier Conrad.

p.s.: Zapeando pela streaminguesfera atrás de coisa boa, o P de Pop do Estadão topou com sete pérolas o pai do cinema moderno no Brasil, o realizador Nelson Pereira dos Santos (1928-2018), espalhadas por duas plataformas, ao alcance de um clique. Na Amazon Prime, tem "Boca de Ouro" (1963); "El Justicero" (1967); e "Quem é Beta?" (1973). No Globoplay, há quatro títulos: "Rio 40 Graus" (1955); "Rio Zona Norte" (1957); "Vidas Secas" (laureado em Cannes, em 1964, com o Prêmio Humanitário da Organisation Catholique Internationale du Cinéma et de l'Audiovisuel); e "Memórias do Cárcere" (Prêmio da Crítica também da Croisette, em 1984). É uma seleção memorável para quem deseja conhecer e para quem quer revisitar a obra de um diretor festejado entre seus colegas imortais da Academia Brasileira de Letras (ABL) por seu empenho em prol da difusão do filme nacional em variadas latitudes. Há dez anos, Cannes exibiu seu aclamado "A Música Segundo Tom Jobim" (2012).

p.s.2: Vai ter "Central do Brasil" (Urso de Ouro de 1998) na TV Globo no sábado, às 15h.

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