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As surpresas do Oscar 2017, que enfim reconheceu a força de Isabelle Huppert

Por Rodrigo Fonseca
Atualização:
Isabelle Huppert em "Elle": na mira do Oscar Foto: Estadão

RODRIGO FONSECA Poucas surpresas marcaram a seleção dos indicados ao Oscar 2017, sendo a maior (e a mais feliz) delas a presença da mitológica estrela francesa Isabelle Huppert como candidata ao prêmio de melhor atriz por Elle. O evento de entrega das láureas vai ocorrer no dia 26 de fevereiro. Galardoada com o Globo de OurouH de melhor filme estrangeiro no dia 8, a produção dirigida pelo holandês Paul Verhoeven não foi indicada, mas sua protagonista enfim recebeu um reconhecimento à altura de seu talento. É pena que, como Isabelle não foi indicado para o SAG Awards - a láurea anual do Sindicato dos Atores, que é massa votante majoritária na festa da estatueta dourada - as chances de a musa de Verhoeven sair da cerimônia da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas com um troféu na mão são menores.

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Um cheiro de surpresa perfumou as indicações com a inclusão de Fogo no Mar, do italiano nascido na Eritreia Gianfranco Rosi, aos concorrentes ao prêmio de longa documental. Laureado com o Urso de Ouro no Festival de Berlim, em 2016, o filme senta praça na ilha de Lampedusa, um porto de entrada para os refugiados políticos na Europa, analisando a situação deles a partir dos olhos de um menino.

Obra-prima de Martin Scorsese, o épico religioso Silence não foi valorizado como merecia, mas, pelo menos, papou para si uma indicação ao prêmio de melhor fotografia. Causa alegria ver a debochada sci-fi O Lagosta (The Lobster, prêmio do júri em Cannes em 2015), do grego Yorgos Lanthimos, estar indicado ao Oscar de roteiro original. E, entre os atores, palmas para a inclusão de Michael Shannon como indicado pelo papel do policial em estado terminal de câncer que vive em Animais Noturnos.

Pena não ter sobrado lugar para Deadpool... O Globo de Ouro foi mais corajoso.

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