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De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

'Aquaman' de James Wan resgata a potência do herói nas bancas

Por Rodrigo Fonseca
Atualização:

RODRIGO FONSECACria das trevas, responsável pelas duas franquias que melhor assombraram as duas últimas décadas na seara do terror, como "Jogos mortais" e "Invocação do Mal", James Wan assina a produção do atual sucesso "Annabella 3: De volta pra casa" (cuja receita beira US$ 85 milhões em uma semana em cartaz) e carrega no currículo a responsabilidade de ter repaginado um dos mais avacalhados vigilantes dos quadrinhos. Seu "Aquaman", lançado em dezembro, teve uma receita estimada em US$ 1,1 bilhão, configurando-se como o maior faturamento da DC Comics desde a "Trilogia Batman", de Christopher Nolan. De uma eficiência espartana na arte de assombrar, Wan foi contratado pela DC/Warner para dirigir a saga do senhor dos mares não apenas por sua artesania sofisticada ou por sua forte comunicabilidade com multidõe. A intimidade do realizador australiano (de DNA meio malaio, meio chinês) com a fantasia pesou. Era necessário alguém com o entendimento do que existe de subtexto fantástico... ou mais, de mágico... nas jornadas heroicas a fim de eliminar do Rei dos Mares toda a chacota em torno de sua figura. Chacota decorrente do desenho animado caricato estrelado por ele de 1967 a 1970 na rede CBS, com direito a cavalo marinho como montaria. É o domínio (crescente) de Wan sobre as narrativas da magia que torna esta aventura solo do super-herói  criado em 1941 (por Paul Norris e Mort Weisinger, na edição número 73 do gibi "More Fun Comics") uma das pipocas mais saborosas de 2018, ano em que a Marvel reinou só, com "Pantera Negra" e "Vingadores: Guerra Infinita". E graças a ela, hoje, a Panini Comics vê as edições especiais do super-herói nas bancas se esgotarem ou, no mínimo, mobilizarem os leitores, dado o apelo que o personagem angariou.

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