Foto do(a) blog

De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

Alain Guiraudie injeta provocação nas veias do Varilux

PUBLICIDADE

Por Rodrigo Fonseca
Atualização:
O realizador do cult "Um Estranho no Lago" brinca entre pastores e lobos com "Na Vertical": sexo e metáforas  Foto: Estadão

RODRIGO FONSECATem Varilux novo, de novo, chegando amanhã a 55 cidades brasileiras, com um pacote de 19 produções, entre as quais um cult LGBT, revelado há cerca de um ano nas telas de Cannes: o indefinível Na Vertical (Rester Vertical). Na direção do longa-metragem, está uma grife de irreverência na discussão da homoafetividade: Alain Guiraudie, de Um Estranho no Lago (2013). A trama registra a educação afetiva de um cineasta (Damien Bonnard) em viagem pelo universo rural da França. O filme começa na bizarrice e termina caindo de cara no absurdo, preservando enquadramentos requintados numa fotografia pontuada pela elegância, usando tintas homoeróticas para traduzir a estranheza de um mundo povoado de lobos e pastores de ovelha. Bonnard integra a delegação de convidados do festival, que fica no país até o dia 21.

"Não gosto do rótulo de 'diretor gay' porque meus filmes, embora afirmem elementos da sexualidade homoafetiva, trazem questões universais que transcendem gêneros", disse Guiraudie ao P de Pop em Cannes.

PUBLICIDADE

Além de Na Vertical, o Varilux tem como atrações obrigatórias a comédia Uma Agente Muito Louca (Raid Dingue), de Dany Boon; o documentário sobre sustentabilidade ambiental Amanhã (Demain), de Cyril DionMélanie Laurent; a melosa love story Um Instante de Amor (Mal de Pierres), de Nicole Garcia, com Marion Cotillard Louis Garrel de caso; e o drama histórico Rodin, de Jacques Doillon, revelado na briga pela Palma de Ouro de Cannes deste ano.

 

 

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.