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'A febre' e La Johansson em Marrakech

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Por Rodrigo Fonseca
Atualização:

RODRIGO FONSECA Com o prestígio em alta após a luxuosa maratona de filmes e debates realizada em 2018, com tributos a Robert De Niro e Agnès Varda, o Festival Marrakech vai para sua edição de número 19 de 29 de novembro a 7 de dezembro tendo o inquieto "A febre", de Maya Da-Rin, em sua competição oficial (é um dos longas brasileiros mais premiados do ano) e o cineasta Kleber Mendonça Filho (de "Bacurau") no júri. Em suas atrações paralelas à briga por prêmios, o evento marroquino promete um dos principais candidatos ao Oscar de 2020: "História de um casamento", de Noah Baumbach, um dos concorrentes ao Leão de Ouro. Dele pode vir uma mais do que merecida indicação à estatueta de Hollywood para Scarlett Johansson, que anda no apogeu de seu talento. Depois de dez anos a serviço glorioso dos Vingadores, no papel da Viúva Negra da Marvel, Scarlett deixou qualquer super-heroísmo de lado ao compor a fragilizada figura da atriz de teatro Nicole em "Marriage Story", drama que estreia dia 6 de dezembro na Netflix. Em setembro, o longa fez Veneza conhecer talentos até hoje nunca vistos na estrela nova-iorquina de 34 anos. Símbolo de beleza na moda e nas telas, Scarlett vai ao fundo do poço afetivo no novo filme do diretor Noah Baumbach (de "A lula e a baleia"), aplaudido várias vezes ao longo de sua projeção para a imprensa no Lido. A atuação de Miss Johansson e a do ator Adam Driver (o vilão Kylo Ren, neto de Dath Vader, em "Star Wars") nesta trama sobre a desagregação de um casal arrancou lágrimas e elogios do público veneziano.

"Noah não fazia ideia, quando me deu o roteiro pra ler, de que eu estava me separando (do jornalista francês Romain Dauriac), e, portanto, estava cheia de experiência sobre divórcio pra encarar o papel de Nicole", disse Scarlett à imprensa de Veneza, que a ovacionou em sua chegada ao Palácio da Biennale, sede do evento. "Essa é a história de alguém que está em luta para se afirmar ao fim de romance".

 Foto: Estadão

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Baumbach falou ao P de Pop que a força de seus diálogos, elogiada em uníssono no Lido, não seria notada se não tivesse uma atriz como Scarlett. "Você não escreve um monólogo de quase sete páginas para uma pessoa despejar na tela se não tiver uma estrela como Scarlett", disse o diretor, que, segundo fofocas, construiu o roteiro a partir de suas próprias experiências ao se separar da atriz Jennifer Jason Leigh (de "Os oito odiados"), com quem viveu de 2005 a 2013.

Em "História de um casamento", Scarlett é uma estrela dos palcos que largou uma promissora trajetória no audiovisual para ser a parceira de criação do diretor teatral Charlie, papel que pode dar o Oscar a Driver. A briga dos dois pela custódia do filho rende sequências de desabafo capazes de causar engasgo.

"Por ser atriz, tenho facilidade de entender os caminhos profissionais de Nicole, mas somos diferentes", diz a atriz, que está preparando sua volta como heroína às telonas, em 2020, à frente do longa solo da Viúva Negra, em produção nas fileiras criativas da Marvel.

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