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'A Cidade Onde Envelheço': MG vence o 49º Festival de Brasília

Por Rodrigo Fonseca
Atualização:
Exibido em Roterdã e San Sebastián, com louvor, "A Cidade Onde Envelheço" fez sua estreia nacional via Brasília e ganhou quatro troféus, inclusive o de melhor filme  Foto: Estadão

RODRIGO FONSECA

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Enfrentamos tempos de ressaca política no país, mas, nem por isso, o júri do 49º Festival de Brasília deixou-se levar por ventos com cheiro de chumbo e optou por premiar a doçura, elegendo como melhor filme de sua seleção de 2016 um ensaio sobre o desterro e sobre a pertença (seja geográfica, seja existencial): venceu A Cidade Onde Envelheço, de Marília Rocha. Feliz escolha! Trata-se de uma ponte aérea Lisboa-Belo Horizonte, na qual duas portuguesas se reencontram no Brasil em dias onde terão a mútua tolerância testada. Exibida com elogios na Europa, nos festivais de San Sebastián e de Roterdã, a produção levou ainda os Candangos de melhor atriz (dado à dupla lusitana Elisabete Francisca e Francisca Manuel), de melhor ator coadjuvante (Wederson Neguinho) e, ainda, o prêmio de direção - num gesto um tanto injusto dos jurados, de não valorizar a dissociação entre esta categoria e a de melhor longa. Ok! Marília, desde Aboio (2005), carrega uma força criativa única neste país entre os nossos realizadores. Porém, a conquista do galardão principal já deixava isso claro. Mas... Perdeu-se a chance de dar o devido relevo a um filme singular no Brasil de hoje - Deserto, de Guilherme Weber, restrito a um troféu de melhor direção de arte -, mas coroou-se a ousadia glauberiana de O Último Trago, dirigido por integrantes do coletivo cearense Alumbramento, com láureas nos quesitos fotografia, montagem e atriz coadjuvante (Samya de Lavor). Confia a lista total de vencedores:

 

 PRÊMIOS OFICIAIS

FILME DE LONGA-METRAGEM

 

Melhor Filme de longa-metragem - R$ 100 mil

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A cidade onde envelheço, de Marília Rocha

 

Melhor Direção - R$ 20 mil

Marília Rocha, por A cidade onde envelheço

 

Melhor Ator - R$ 10 mil

Rômulo Braga, por Elon não acredita na morte

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Melhor Atriz-R$ 10 mil

Elisabete Francisca e Francisca Manuel, por A cidade onde envelheço

 

Melhor Ator Coadjuvante - R$ 5 mil

Wederson Neguinho, por A cidade onde envelheço

 

Melhor Atriz Coadjuvante - R$ 5 mil

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Samya de Lavor, por O último trago

 

Melhor Roteiro - R$ 10 mil

Davi Pretto e Richard Tavares, por Rifle

 

Melhor Fotografia - R$ 10 mil

Ivo Lopes, por O último trago

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Melhor Direção de Arte - R$ 10 mil

Renata Pinheiro, por Deserto

 

Melhor Trilha Sonora - R$ 10 mil

Pedro Cintra, por Vinte anos

 

Melhor Som - R$ 10 mil

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Marcos Lopes e Tiago Bello, por Rifle

 

Melhor Montagem - R$ 10 mil

Clarissa Campolina, por O último trago

 

Prêmio Especial do Júri Oficial:

Pelo rigor na abordagem e contextualização de uma tragédia brasileira que dura séculos, pela emoção no desenho de uma etnia espoliada e desterritorializada, tema da curadoria desse festival, o prêmio especial vai, por unanimidade, para

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Filme: Martírio, de Vincent Carelli em colaboração com Ernesto de Carvalho e Tita

 

FILME DE CURTA OU MÉDIA-METRAGEM

 

Melhor Filme de curta ou média metragem - R$ 30.000,00

Quando os dias eram eternos, de Marcus Vinicius Vasconcelos

 

Melhor Direção - R$ 10.000,00

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Fellipe Fernandes, por O delírio é a redenção dos aflitos

 

Melhor Ator - R$ 5.000,00

Renato Novais Oliveira, por Constelações

 

Melhor Atriz - R$ 5.000,00

Lira Ribas, por Estado Itinerante

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Melhor Roteiro - R$ 5.000,00

Fellipe Fernandes, por O delírio é a redenção dos aflitos

 

Melhor Fotografia - R$ 5.000,00

Ivo Lopes Araújo, por Solon

 

Melhor Direção de Arte - R$ 5.000,00

Thales Junqueira, por O delírio é a redenção dos aflitos

 

Melhor Trilha Sonora - R$ 5.000,00

Dudu Tsuda, por Quando os dias eram eternos

 

Melhor Som - R$ 5.000,00

Bernardo Uzeda, por Confidente

 

Melhor Montagem - R$ 5.000,00

Allan Ribeiro e Thiago Ricarte, por Demônia - Melodrama em 3 atos

 

Premio Especial do Júri

Estado Itinerante, de Ana Carolina Soares

 

PRÊMIO DO JÚRI POPULAR

filmes escolhidos pelo público, por meio de votação em cédula própria:

Melhor Filme de longa-metragem - R$ 40 mil

Martírio, de Vincent Carelli em colaboração com Ernesto de Carvalho e Tita

 

Melhor Filme de curta ou média-metragem - R$ 10 mil

Procura-se Irenice, de Marco Escrivão e Thiago Mendonça

TROFÉU CÂMARA LEGISLATIVA DO DF 

Melhor filme de longa metragem: R$ 80 mil

Catadores de história, de Tânia Quaresma

 

Melhor Filme de curta-metragem: R$ 30 mil

Rosinha, de Gui Campos

 

Melhor Direção: R$ 12 mil

Vladimir Carvalho, por Cícero Dias, o compadre de Picasso

 

Melhor Ator: R$ 6 mil

Edu Moraes, de A repartição do tempo

 

Melhor Atriz: R$ 6 mil

Maria Alice Vergueiro, de Rosinha

 

Melhor Roteiro: R$ 6 mil

Vladimir Carvalho, por Cícero Dias: o compadre de Picasso

 

Melhor Fotografia: R$ 6 mil

Waldir de Pina, de Catadores de história

 

Melhor Montagem: R$ 6 mil

Marcius Barbieri, Rafael Lobo e Santiago Dellape, por A repartição do tempo

 

Melhor Direção de Arte: R$ 6 mil

Andrey Hermuche, de A repartição do tempo

 

Melhor Edição de Som: R$ 6 mil

Micael Guimarães, de Cora Coralina - todas as vidas

 

Melhor Trilha Sonora: R$ 6 mil

Dimir Viana, André Luiz Oliveira, Renato Matos, Claudio Vinícius e GOG, por Catadores de história

 Júri Popular

Melhor filme de longa-metragem: R$ 20 mil

Cora Coralina - todas as vidas, de Renato Barbieri

 

Melhor filme de curta-metragem: R$ 10 mil

Das raízes às pontas, da diretora Flora Egécia

 

PRÊMIO ABCV - ASSOCIAÇÃO BRASILIENSE DE CINEMA E VÍDEO

Conferido pela ABCV - Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo a profissional do audiovisual do Distrito Federal

 

Mallu Moraes (atriz)

 

PRÊMIO CANAL BRASIL

Cessão de um Prêmio de Aquisição no valor de R$ 15 mil e o troféu Canal Brasil

Melhor Filme de curta-metragem selecionado pelo júri Canal Brasil

Filme: Estado itinerante, de Ana Carolina Soares

 

PRÊMIO ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema)

Melhor Filme de longa-metragem

Pela hábil conexão entre a gramática do documentário e da ficção. Pelo retrato que conjuga a perspectiva de um personagem com as transformações de um Brasil rural. Pela apropriação original da estética do western e o uso potente do som.

Filme: Rifle, de Davi Pretto

 

Melhor Filme de curta-metragem

Pela sensibilidade na forma com que filma os espaços urbanos. Pela qualidade do trabalho das atrizes, com experiência profissional ou não. Pela forma com que retrata uma violência física e simbólica, valorizando o que está fora de quadro.

Filme: Estado Itinerante, de Ana Carolina Soares.

 

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