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De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

70 anos de Paulo Henrique: patrimônio do cinema BR

Por Rodrigo Fonseca
Atualização:
Produtor, assessor de imprensa e agitador cultural, Paulo Henrique Veloso Souto formou gerações de críticos  Foto: Estadão

RODRIGO FONSECATem uma cena antológica de Cabaret Mineiro (1979) na qual um homem forte de circo, cercado de beldades, exibe os músculos aos bocejos, sem esconder seu desdém pelo erotismo do sexo feminino, mais interessado nos rapazes à sua volta. Esse papel coube ao Rei das Pontas, o ator que mais participações especialíssimas (pequeninas, mas marcantes) fez no cinema brasileiro de 1970 a 2000: Paulo Henrique Veloso Souto. Ele hoje está completando 70 anos e merece nosso aplauso. Assessor de imprensa, agitador cultural e produtor, ele formou gerações e gerações de críticos e repórteres com seu entusiasmo ufanista e sua sabedoria cinéfila. Levantou do zero o Festival Iguacine em meados dos anos 2000, garimpou espaço na mídia para atrações da Embrafilme há cerca de três décadas, alimentou debates sobre a importância dos filmes autorais de baixíssimo orçamento em circuito... Enfim, Paulo Henrique fez de tudo... e ainda faz... lá em Montes Claros, cantinho das Gerais onde estreou neste mundo e onde hoje milita em prol da Arte. Foi ele quem levou o P de Pop a uma sessão de imprensa pela primeira vez, pra ver Estorvo, o cult de Ruy Guerra, em 2000. Nós devemos muito a PH. Todo o cinema nacional deve. Parabéns, padrinho. Obrigado por você existir.

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