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De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

60 anos de Homem-Aranha a caminho

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Por Rodrigo Fonseca
Atualização:

RODRIGO FONSECA Em cerca de cinco dias, o trailer de "Homem-Aranha - Sem Volta Pra Casa" virou um fenômeno pop na web, ao mesmo tempo em que os gibis que visitam a fase clássica de Peter Parker nas HQs, em suas histórias dos anos 1960, bombam nas bancas, em edição da Panini. É um "esquenta" de peso para a festa dos 60 anos de criação do herói, idealizado por Stan Lee e Steve Ditko. O novo filme do Amigão da Vizinhança, previsto pra estrear em dezembro, tem Jon Watts na direção, assim como os dois últimos. Assim como fez no eficaz "Homem-Aranha: De volta ao lar" (uma produção de US$ 175 milhões, de 2017, cujo faturamento beirou US$ 880 milhões), Watts vai além da ação e se escora mais na crônica da adolescência, tendo Peter Parker como foco. O terceiro filme é sobre uma lambança temporal em que o aracnídeo se mete, caindo num multiverso, depois que sua identidade secreta vaza. Ao recorrer ao Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) para ajudá-lo a fazer o mundo esquecer seu segredo, o Aranha cai numa confluência de eras, trazendo de volta vilões como o Dr. Octopus, genial criação de Alfred Molina.

 Foto: Estadão

Com um ator de talento e carisma tão profundos como o inglês Tom Holland, fica mais fácil fazer um experimento desses. Ele cria um Parker que mistura elementos da fragilidade do personagem nos anos 1960 com sua aguerrida reencarnação nos anos 2000, nas páginas da HQ "Ultimate Spider-Man". É frágil, mas tem gana: como todo millennial, PP sempre tem algo a dizer, mesmo quando aquilo que diz não parece devidamente embasado. Mesmo assim, a doçura que transborda de cada gesto de Holland equilibra suas ações, sobretudo em sua interação com a MJ marota vivida por Zendaya, um dos talentos da atualidade, tendo se destacado na HBO, com a série "Euphoria". Capricha-se mais no despertar da Primavera entre ambos no segundo filme da franquia, "Far from home" (2019), do que no corre-corre herói x vilão, embora este também seja impecável. Aliás, impecável também é a versão brasileira, dirigida por Manolo Rey, com Wirley Contaifer dublando Holland.

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