Ainda não parece real, mas finalmente saímos do inominável último ano.
Um período que se iniciou tímido e carinhosamente apelidado de ‘vinte vinte’, se transformou em uma época onde tudo de mais tenebroso passou a acontecer, e que ainda aos 45 minutos do segundo tempo nos levou até a eterna Dona Benta do Sítio do Picapau Amarelo, a musa dos teatros, Nicette Bruno.

Qual foi a melhor e a pior música do ano para você? E reality? FOTOS: Reprodução
Ao contrário do novo coronavírus, o ano se arrastou, persistiu, mas acabou. Como a última pá na cova de dois mil e vinte, eu não poderia deixá-lo para trás antes de apresentar as minhas próprias, famigeradas e não menos odiadas, listas.
Deixo aqui as minhas humildes opiniões. Não especialista, mas como um consumidor entusiasta do entretenimento, nosso grande amigo durante o ano pandêmico.
Discorde, por favor.
Os melhores álbuns:
- Future Nostalgia. Dua Lipa. Não teve para ninguém. A britânica bebeu das melhores fontes e inspirações do pop para entregar músicas, videoclipes, performances e visuais que impactaram as mais variadas bolhas sociais.
- Fine Line. Harry Styles.
- After Hours. The Weeknd.
- Plastic Hearts. Miley Cyrus. Com a voz melhor do que nunca, a mais nova diva do rock descartou toda a sonoridade do EP She is Miley Cyrus e encontrou o lado artístico que mais a representa. A melhor surpresa do top 5.
- Ungodly Hour. Chloe x Halle. Se você ainda não conhece a dupla, corra e ouça o melhor R&B lançado nos últimos 12 meses. Vejo prêmios Grammy’s à vista.

Chloe x Halle, Dua Lipa e Miley Cyrus. FOTOS: Reprodução
Os piores álbuns escolhidos:
- Wonder. Shawn Mendes. Letras básicas demais e produções ainda mais fracas. Sem qualquer atrativo, nem sua típica regata branca colada ao corpo sustentou essa era.
- Smile. Katy Perry. Desculpe, Katy, você parece ser uma ótima pessoa, mas esse é o disco mais fraco de sua carreira.
- Club Future Nostalgia. Dua Lipa & The Blessed Madonna. Dona do melhor álbum pop do ano, desculpe Chromatica, fez com que a frase ‘se melhorar, estraga’ fosse concretizada ao decidir levar o Future Nostalgia para as pistas de dança. A dj responsável pelas mixagens pra lá de bagunçadas, The Blessed Madonna, não melhorou, mesmo.
- Love Goes. Sam Smith
- LEXA. Lexa.

‘Club Future Nostalgia’, ‘Wonder’ e ‘Smile. FOTOS: Reprodução
As melhores séries/realities.
- I May Destroy You (HBO Go). O mundo é de Michaela Coel e nós vivemos nele. Genial, contemporânea e um perfeito material de debates sobre abuso sexual.
- The Boys (2ª temporada/Amazon Prime). Sabe a sensação de assistir algo e esperar por cenas impactantes a todo tempo? A segunda temporada me deixou aflito do começo ao fim.
- BBB 20 (Globo). Quem diria que, após exaustivas temporadas, a adesão de influenciadores daria uma nova vida ao reality? Gol do Boninho! Foi o maior acontecimento da TV brasileira.

‘BBB 20′, I May Destroy You’ e ‘The Boys’. FOTOS: Reprodução
As piores séries/realities.
- Reality Z (Netflix). É ruim demais, mas ao mesmo tempo te entretém o suficiente para que você maratone todos os episódios no mesmo dia. Obrigado por tudo, Sabrina Sato.
- The Hunters (Amazon Prime Video). A produção parecia promissora e gigantesca em todos os sentidos, mas é totalmente arrastada.
- A Fazenda (Record). Só de ter Biel no elenco, o reality já entraria para o ranking, mas o fracasso na organização das provas foi um infeliz motivo extra.
Mesmo se eu estiver cancelado no fim dessa lista, desejo a todos um próspero 2021.

‘Reality Z, ‘A Fazenda’ e ‘The Hunters’. FOTOS: Reprodução