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Iphone 5: a arte de matar o sexo e nos transformar em crianças mimadas

No passado remoto, o ser humano masculino ficava em polvorosa com o lançamento de uma revista com uma gostosa na capa. Imaginem, por exemplo, a Suellen pelada? Todos fariam fila nas bancas e a revista rapidamente se esgotaria. Isso foi antes. Antes de Steve Jobs lançar o iPhone. Antes de Steve Jobs começar a matar o sexo.

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Por Redação
Atualização:

Nós, moças, não ligamos tanto assim para foto de gente pelada. Mas, no passado, surtávamos com a notícia de que um pop star gostoso e talentoso faria show no Brasil. Sairíamos correndo para comprar ingresso. Viraríamos noites esperando um site começar as vendas.

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Nada pode superar a histeria causada pelo lançamento do iPhone 5 (apresentado hoje). Nem a capa com a mulher gostosa. Nem um show do Mick Jagger solo para poucas pessoas. Do que adiantaria ir a um show desses sem um iPhone. Como poderíamos filmar? E postar fotos no instagram? E avisar para todo mundo pelo Twitter que estava sendo TUDO MUITO MARAVILHOSO? O mesmo vale para a capa da revista com a gostosa. Do que adianta ver as fotos e não comentar no Facebook? Qual é a graça?

O mais maluco de tudo é que PRECISAMOS do iPhone 5, mas muitos de nós (tipo eu!) já têm iPhone. Mesmo assim, boa parte da humanidade remediada trocaria a gostosa, o show da banda para poucos e até as roupas do corpo pelo novo produto, que, segundo os fanáticos da Apple não é só um produto. Desculpe, mas é só um produto sim. Um produto ótimo. Mas um produto.

Para justificar o fato de querer ter um iPhone 5, e para isso entrar em uma FILA DE ESPERA, você pode cair no papo da Apple e pensar que:

Ele vai ter uma tela maior, as imagens vão ser mais nítidas, a conexão mais rápida (para que tanta pressa), os mapas, praticamente um mundo paralelo. Ao ver a descrição do produto, nos comportamos como crianças de 5 anos ao ver um novo boneco de Pokemon: "Quero! Quero, Quero!!!!!!".

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A Apple, além de ameaçar o fetiche da mulher gostosa e superar em popularidade até o Mick Jagger, também nos transformou em crianças. Daquelas mimadas, que ficam no shopping se jogando no chão gritando: "eu querooooooo, mãeeee!"

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