Marcelo Rubens Paiva
23 Julho 2015 | 14h32
Tubarão no mar, no céu, no espaço, em toda parte
Existe um nicho do mercado cinematográfico de filme-catástrofe que elege: quanto mais absurda a história, melhor.
São daqueles produtores que devem bolar, escrever e filmar gargalhando
PIRANHAS é a franquia de filmes preferida dos fãs de sangueira nonsense com humor-negro.
Que encontrou um concorrente à altura: SHARKNADO. Pelo canal de TV pago, SyFy,
Cujo lema é: Demos às pessoas o que elas querem!”
Parecia uma piada: um furacão tira tubarões do oceano e os joga sobre Los Angeles.
Começa a chover tubarões em Hollywood, que caem do céu e comem tudo o que veem.
Lançado em 2013, muita gente achou que era um viral. Era nada.
A produção da SyFy foi um sucesso, virou game, HQ, camisetas e encubou sequências.
SHARKNADO 2 já vem com piada no próprio título: SHARKNADO 2 – THE SECOND ONE
Lançado em 2014, o ataque então era sobre Nova York.
O filme é crítico: mais tornados incomuns se formam por culpa do desequilíbrio ambiental causado pelo maior predador de todos, o homem.
Choveu tubarão que entrou até pelos túneis da rede de metrô de NY, enquanto nova-iorquinos lutavam mano a mano com tubarões pelas ruas de Manhattan.
Acabou?
Nada. Foi lançado ontem nos EUA SHARKNADO 3 – OH HELL, NO!
Desta vez, foram bem longe.
Tubarões invadem a costa da Flórida e instalações da NASA. Conseguem uma carona num foguete para atacar… O espaço!
Depois de destruírem, claro, a Casa Branca.
Chover tubarões é uma referência nada literal à crise financeira mundial de 2008.
Não falei que era “crítico”?