Não passa desapercebida.
O público reconhece a voz (e o violão) inconfundível de Caetano Veloso, que canta no filme ganhador do Oscar, Moonlight.
Cuja trilha, além de roteiro, elenco, direção e fotografia, é deslumbrante.
Trata-se da mesma gravação do clássico Cucurucucu Paloma, usada por Almodovar em Fale com Ela, arranjada por Jaques Morelenbaum.
Que entra quando Chiron, o protagonista, sai pelas estradas da Flórida para rever uma paixão da adolescência.
Homenagem de Barry Jenkins ao cineasta espanhol.
Há uma corrida para assistir ao filme independente, que foi a zebra do Oscar.
Todas as sessões de Moonlight do Caixa Belas Artes de ontem estavam esgotadas.
O público sai encantado.
A história comove.
A trilha, com composições próprias de Nicholas Britell, é acompanhada de clássicos da black music, vintage, hiphop, de Hello Stranger (Barbara Lewis), música que reacende uma paixão da adolescência, a God Mob.
Já na abertura, um clássico do soul, a provocativa Every Nigger is a Star (Boris Gardiner) REVELA A QUE O FILME SE PROPÕE.
A música tem um efeito de ponto de virada da narrativa.
Ao ouvir Hello Stranger, tudo muda para... Não, sem spoiler. Confira você.