Marcelo Rubens Paiva
25 de julho de 2014 | 12h11
É polêmica a construção do Aeroporto em Cláudio, MG, que já está sendo conhecido como o Aeroporto do Aécio.
Foi construído com dinheiro público em terras que foram de um tio avô, Múcio Tolentino, compradas sem licitação, a quilômetros da fazenda da sua avó, Risoleta.
Não tem autorização da Anac para funcionar e recebe 1 voo por mês.
Mas uma pergunta ninguém faz: quem foi Cláudio?
Um primo de Aécio?
É uma cidade familiar?
Cidades não costumam se chamar Cláudio, Clóvis Sérgio, Fábio.
Assim como pessoas não se chamam São José do Rio Pardo, Pindamonhangaba, Florianópolis.
“Prazer, Itaquaquecetuba, e essa é Bagé, minha mulher.”
Cidades ou têm nome de santo ou de acidente geográfico ou a composição de ambos.
São José do Rio Preto não foi primo de Ribeirão Preto.
E Cláudio não foi primo de Aécio.
Foi um escravo que encontrou um ribeirão na região de garimpo e o chamou de Ribeirão Cláudio.
Antes que a polêmica se estenda: o Distrito de Aparecida do Cláudio foi criado em 8 de junho de 1858. Em 1923 passou a se chamar Cláudio [Lei Estadual nº 843]. Em 1925, elevou-se à categoria de cidade.
Agora, quanto ao aeroporto, ficam devendo explicações.
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