Rolou protesto até na Flip, Festa Literária Internacional de Paraty. Justamente no sábado, dia mais movimentado.
Nada de incidentes, já que a maioria dos escritores curava a ressaca.
Cem pessoas, a maior parte barqueiros, fecharam o acesso ao cais, impedindo turistas de sair para passeios.
As reivindicações?
Pelo fim do foco narrativo autoritário.
Pela presença do narrador onisciente.
Fim da divisão em capítulos.
Não à obrigatoriedade de final feliz.
Por livros mais baratos, com letras maiores e marcadores de página.
Pela democratização do narrador.
Pela liberdade da licença poética.
Nada disso.
Manifestantes aproveitaram o burburinho da Festa Literária para reivindicar de reformas no cais, melhorias na educação e no transporte.
Também exigiram maior participação da comunidade na programação da Flip.
Para moradores, participar da Flip é caro. O ingresso custa R$ 46.
Justo.