Marcelo Rubens Paiva
07 de agosto de 2017 | 10h01
Falo de outro Itamar, do Negro Dito, do original, do eterno: Itamar Assunção.
Que surgiu em 1979 no cenário musical brasileiro, tocando baixo para um vizinho, Arrigo Barnabé.
Firmou-se como uma voz paralela da chamada Vanguarda Paulista, que rompeu com o monopólio das grandes gravadoras.
Passaram a fazer seus próprios discos, chamados de “independentes”.
A intenção era manter o estilo sem a influência nefasta dos produtores, do mercado e do gosto comum.
Movimento que, abençoado por Leminski, encantou Elis Regina, foi chamado de “maldito” e ofuscado pelo Brock, ou rock brasileiro, que estourou de 1982 em diante.
Itamar morreu precocemente em 2003.
E já foi gravado por Rita Lee, Ney Matogrosso, Cássia Eller, Cidade Negra, Tom Zé, Luiza Possi e outros.
Nesta sexta-feira, 11/08, sua banda Isca de Polícia ressurge para tocar clássicos de Itamar.
Num show grandioso no Auditório Ibirapuera.
Luiz Chagas, Jean Trad, Paulo Lepetit, Vange Millet e Suzana Salles tocarão também de Tom Zé a Arnaldo Antunes.
Na bateria, Marco de Costa entra no lugar de Gigante Brasil, morto em 2008.