Marcelo Rubens Paiva
29 de julho de 2019 | 11h30
No Brasil, foram desdenhados pelo presidente aliado ao agronegócio.
Na Argentina, radicalizaram: na tradicional Exposição Rural de Palermo, enquanto os animais desfilavam na cerimônia de premiação, 40 ativistas veganos entraram no pátio e protestaram contra maus-tratos aos animais.
Não deu outra: o pau comeu.
O protesto foi organizado pelo grupo Direct Action Everywhere (DxE), que entrou no palco gritando “carne é a morte”, com faixas e cartazes.
Sob olhares atônitos de ruralistas do país em que a carne de boi é um símbolo pátrio, já foi a base da economia, e churrasco, ou assado, uma tradição.
A ONG, fundada em San Francisco em 2013, prega a liberação dos animais em cativeiro com protestos e ação não-violenta.
Protesta em restaurante, fazendas, feiras de exposições e supermercados, como o Whole Foods. Atualmente está presente em mais de 20 cidades e países, inclusive em São Paulo (cuja página no Face tem 1855 membros).
https://www.facebook.com/dxesaopaulo/
Faz parte de uma rede de grupos veganos que resolveu arregaçar as mangas e lutar, como Veganos a Revolução Começou e Revolução Veganinha.
Em nota, a Sociedade Rural Argentina protestou: “Um grupo de ativistas invadiu a pista atrapalhando o andamento do concurso que estava sendo realizado. Alguns participantes ficaram um ano se preparando para competir e reagiram para expulsá-los. A Sociedade Rural rejeita qualquer ação violenta. ”