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Pequenas neuroses contemporâneas

Opinião|o que somos

 

Atualização:

Sensação de que a maioria torce contra o Brasil.

De brasileiros.

Nunca vi isso: em mesas de bar, restaurantes, rodas de amigos.

Claro que não vale pro tiozinho do churrasco ou pra tiazinha da lasanha.

Falo dos que acompanham futebol.

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Poucos fazem questão da vitória brasileira.

Muita gente torcendo pra Argentina.

Figura cativante do MARADONA colabora.

O anti-herói, complexo craque da bola, que é um desastre na vida pessoal.

Ou para a ESPANHA, GANA, URUGUAI, de futebol solto, alegre, como era o futebol brasileiro.

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Aliás, como é o futebol brasileiro que não foi.

Já disse aqui, também nunca tinha visto uma seleção em que não foram os melhores. Foi o time fechado, a equipe de 1 homem só, o grupo.

Ver JOSUÉ, MICHEL BASTOS, FELIPE MELLO, GRAFITE em campo.

E saber que ADRIANO, RONALDINHO GAÚCHO, ROBERTO CARLOS, GANSO E NEYMAR estão de férias, abala.

Imagine ROBERTO CARLOS naquela lateral esquerda, no lugar daquele moleque apavorado e perdido. Ou GANSO no lugar do KAKÁ.

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Não sei se iremos longe.

Se formos, será a vitória da obediência e mediocridade.

Pode ser que funcione numa COPA do MUNDO.

Já foi provado que nem sempre o melhor vence.

Mas está mais que provado que sempre o melhor nos faz torcer com paixão.

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Porque somos dramáticos, latinos, não pragmáticos.

Preferimos brilhar.

Nos destacarmos pela criatividade, irreverência e ousadia.

Talento que vem das ruas.

A essência de ser brasileiro.

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Esta seleção não representa o que fomos e somos.

 

+++

 

 Foto: Estadão

Grandes abraços para o GUZIK, o careca desta foto aí, a última do PLINIO MARCOS.

Generoso, ousado, desafiou a confortável vida de crítico, subiu no palco e se jogou na vida.

Um dos maiores incentivadores do teatro alternativo brasileiro.

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Opinião por Marcelo Rubens Paiva
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