Em uma semana, Doria é visto em Salvador com ACM Neto.
Doria com Rodrigo Maia, presidente da Câmara.
Doria com ex-senador Eduardo Suplicy.
Doria na capa da IstoÉ, em pose de estadista.
E Doria com Temer.
Para ilustrar seu álbum de fotografias?
Para o bem da cidade que administra, São Paulo?
Está mais que evidente: Doria roda em campanha para presidência.
A agenda de compromissos alheios à gestão da cidade é maior do que todas as outras: de visitas ao exterior a rodar pelo Brasil.
Não tem sete meses que administra a maior cidade do país.
Com trapalhadas e acertos.
E por enquanto sua plataforma é apenas a opção anti-Lula, ou anti-PT.
E uma agenda cheia de namoros e encontros amigáveis.
Será que ser apenas "anti" algo sustenta uma campanha?
Nome ausente na Lava Jato vira a grande obra: o legado.
E no seu grupo, PSDB, é dos poucos não citado.
Chegamos num ponto em que ser não citado por corrupção torna-se exceção.
Não ser citado em delações passa a ser o ponto forte de um currículo na política brasileira.
Doria passa a ser o anti-PMDB, o anti-Dem, o anti-Aécio, o anti-Alckmin.
Me pergunto quando começará a plataforma "Doria, o Anti-Bolsonaro".