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Pequenas neuroses contemporâneas

Opinião|Não vamos crescer, mas emburrecer

Atualização:

Por que cultura não pode ter subsídio? Liste de cabeça setores da economia brasileira que têm.

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Igrejas. Transporte público. Zona Franca de Manaus. Mercado exportador. Bancos. Educação. Agronegócio.

Luz para o setor agropecuário. Água e energia (o consumidor pagará R$ 17,187 bilhões em 2019, valor aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica para que seja possível cobrir o orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético, descontos tarifários e empréstimos subsidiados).

Diesel. Táxis.

Agora pense no ÚNICO setor, pouco lucrativo, que transporta ideias, ilumina a alma, emprega centena de milhares e sofre diariamente críticas e desgaste do novo governo e agregados.

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O nome é CULTURA.

Sintomático? Intencional. Projeto de Estado?

Lei Rouanet, que quem critica não sabe exatamente como funciona, audiovisual, livros: tudo sob ataque.

Aposta-se na ignorância, falta de debate, críticas, trevas, consumo fútil. Não vamos crescer. Vamos emburrecer.

Tivemos protecionista na ditadura. Sarney protegeu o setor de informática.

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No governo Lula, a era do subsídio foi inaugurada pelo setor de material de construção. Passou pela indústria naval, de petróleo.

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Liste de cabeça setores que tiveram uma massa de isenções que acabou até prejudicando toda a economia no governo Dilma.

O Brasil destinou R$ 723 bilhões com subsídios para o setor privado no período de 2006 a 2016, segundo ex-secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto de Almeida.

Até 2016, empresas que fabricam semicondutores, computadores e equipamentos de automação industrial deixaram de pagar R$ 55,7 bilhões em impostos. Em 2017, o Ministério da Fazenda afirmou que os subsídios da União totalizaram R$ 354,7 bilhões (5,4% do PIB, mais de duas vezes e meia do déficit primário).

Mas só a atividade cultural é mamar no Estado.  Foto: Estadão
Opinião por Marcelo Rubens Paiva
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