Marcelo Rubens Paiva
08 de julho de 2013 | 10h32
Encontrei essa turma de manifestantes sábado à noite.
Os líderes indicavam o traçado por sinais.
A PM fazia escolta.
Conheço a árdua batalha de tornar a linguagem dos sinais o padrão.
Convivi na militância com deficientes auditivos que, em encontros e congressos, surpreendiam ao afirmar que a prioridade não é ensiná-los a ler lábios, mas a comunicação com as mãos.
Eles querem escolas ‘bilíngues”.
Conseguimos adaptar cinemas para cadeiras de rodas.
Mas nos esquecemos deles, que querem também, por que não?, assistir a filmes nacionais.
Com legenda.
Existem sistemas em que uma legenda pode ser transmitida por um tablet com baixa luminosidade, para o espectador que precisa de uma.
Tiveram que parar a Avenida Paulista para pedir que nos mexêssemos.
O mesmo vale para teatro.
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