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Pequenas neuroses contemporâneas

Opinião|Militância petista pulsa

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Atualização:

 

Muitos abandonam o partido. Marta Suplicy saiu atirando. O PDT mostrou descontentamento. O PSOL, em seu programa partidário, atacou. O PMDB lidera um motim no Congresso.

Mas a militância petista mostrou sua força ontem.

Não vale a pena discutir se é ação coordenada, se a ordem veio do Palácio, quem são?

Não aparentam robôs, já que a maioria tem avatar.

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Podem ser funcionários da administração federal ou de algumas prefeituras, como São Paulo.

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E professores estaduais em greve mobilizados contra os governos tucanos de SP e PR.

Mas enquanto o panelaço rugia pelas varandas de muitas cidades do Brasil, convocado até pelo PSDB, durante o programa eleitoral do PT, um panelaço virtual, #ToNaLutaPeloBrasil, em defesa do partido, ficava em primeiro nos TTs (trending topics) dos Assuntos do Momento Brasil no Twitter, e em quarto nos TTs mundiais.

E fez a alegria de Rui Falcão (?@rfalcao13), que tuitou: "#ToNaLutaPeloBrasil Eu e toda essa militância aguerrida que mais uma vez mostra sua cara aqui no Twitter."

O tom por vezes era de propaganda eleitoral: Lula e Dilma abraçados a criancinhas, aplaudidos em comícios, gráficos com feitos do governo petista, gente sorridente e aliados famosos.

O PSDB e a Rede Globo eram demonizados.

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Rodrigo 13 ?(@RodP13 ) tuitou: "Duas diversões dessa gente: 1) Bater panelas 2) Bater em professores."

Muitos lembravam que agora a panela do povo estava cheia, e que quem batia eram coxinhas em bairros nobres.

Como Conceição Oliveira (?@maria_fro): "Itaquera não teve patacoada de #cabeçavazia #oficinadoOlavo, povo de Itaquera está de #panelacheia"

PTna Câmera, PTBrasil, @portalvermelho, @midiacrucis, e algumas celebridades petistas, como Emir Sadfer (@emirsader), que escreveu que "a oposição se retirou das ruas para bater panelas das sacadas das suas coberturas", eram retuitadas.

Alguns já lançavam Lula candidato a 2018.

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Enquanto muitos faziam barulho pelas janelas, outros faziam pelas redes, num país dividido.

Opinião por Marcelo Rubens Paiva
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