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Pequenas neuroses contemporâneas

Opinião|MASP se prepara para batalha

Atualização:

 

Amanhã, quinta-feira, pode rolar uma batalha campal entre artistas, ativistas e militantes do MBL, que partem para São Paulo em caravanas.

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Amanhã é a abertura da exposição História da Sexualidade, no MASP, que completa 70 anos.

Grupos como #342Artes #TodosPelaArte e #CensuraNuncaMais, com aliados do MSTS, Marcha da Maconha e ativistas, decidiram num encontro na segunda-feira formar um cerco amanhã em torno do museu da Avenida Paulista, para impedir piquetes ou ações violentas de grupos que protestam contra exposições.

A intolerância sempre esteve na pauta das artes plásticas.

Tabus sexuais, religiosidade, a moral, a nudez, sempre foram temas que moveram artistas.

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Grupos religiosos fundamentalistas saíram do obscurantismo e encontraram uma pauta populista: acusar artistas de pedofilia.

O clima será tenso, se de fato o encontro se confirmar.

Adriano Pedrosa, o curador, nunca imaginou que o MASP seria vítima de ataques até pela redes sociais. A segurança foi reforçada.

Anita Malfatti, Francis Bacon, Degas, Lasar Segall, Cícero Dias, Picasso, dividirão espaço com Mauricio Dias & Walter Riedweg em oito núcleos temáticos: Corpos Nus, Totemismos, Religiosidade, Performatividade de Gênero, Jogos Sexuais, Mercado de Sexo, Linguagens e Voyeurismo.

Avisa-se.

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Corpos femininos, masculinos, trans e travestis de diferentes belezas e padrões podem "suscitar reações de repulsa e abjeção, desejo e encantamento".

Por precaução, a exposição está proibida a menores de 18 anos.

Lilia Schwarcz, Pablo León de la Barra e Camila Bechelany estão no time de curadores.

Enquanto artistas se sentem abandonados pelo Estado, inclusive pelo ministério da Cultura, por seus representantes (qual prefeito, governador, deputado ou senador se levantou contra a nova onda de censura?) e pela Justiça (muitos juízes têm proibido exposições), o debate cultural se transforma em guerra.

 

 Foto: Estadão
Opinião por Marcelo Rubens Paiva
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