A nova versão PLANETA DOS MACACOS - A ORIGEM reescreve a história dos anteriores e atualiza as neuras contemporânas.
Se na primeira versão, O Planeta dos Macacos, filme de 1968, baseado no livro La Planète des Singes, a Guerra Fria é o que levou os macacos a dominarem a Terra, agora é um vírus criado por 1 laboratório capitalista que só pensa no lucro [que mata os humanos, mas é imune aos símios], tem seu marco zero em San Francisco.
Inspirado na AIDS, provavelmente, é espalhado por um piloto de avião que decola da Califórnia direto para Nova York; suspeita-se que o HIV se espalhou desta maneira.
Uma guerra nuclear destruiu a humanidade na primeira versão.
Agora, a ganância humana, o desespero em busca de remédios que curam doenças e retardam o envelhecimento, mais o maltrato a animais de laboratório detonam a revolução liderada por CEASAR, chipanzé que, aos 3 anos, joga xadrez, une espécies distintas e, ao invés de agredir os humanos, apenas foge para a floresta.
Só um cidadão, o CEO do laboratório, é morto pelos símios.
O fascínio que temos pela revolta de nossos longínquos antepassados vem de longa data.
A saga acompanha gerações.
Na primeira versão, Charlton Heston, um astronauta sobrevive a uma missão espacial, aterrissa num planeta igual à Terra e descobre que uma raça de macacos falantes domina e escraviza humanos, que são mudos e bárbaros.
A cena final do filme é de arrepiar e está entre as mais marcantes da indústria cinematográfica.
Num plano sequência antológico, revela-se que o astronauta estava na Terra, no futuro, ao se deparar com restos da Estátua da Liberdade numa praia deserta.
Depois de Heston, Roddy McDowall protagonizou a série como o macaco cientista Cornelius.
Tiveram as versões:
De Volta ao Planeta dos Macacos, filme de 1970
Fuga do Planeta dos Macacos, filme de 1971
A Conquista do Planeta dos Macacos, filme de 1972
Batalha pelo Planeta dos Macacos, filme de 1973
Planeta dos Macacos, filme de 2001, de Tim Burton
Além da série pela TV e desenho animado.
Ceaser, protagonista da nova versão, era filho de Cornelius.
Desta vez, é apenas fruto de experiências laboratoriais.
Mudam-se as nóias.
Mas a fixação que temos pelos atores da escrita darwinista permanece.
Que nos fazem refletir sobre nosso papel de macacos desenvolvidos que dominaram o planeta.
No futuro, aparecerá uma nova versão, em que macacos se revoltarão pela alienação das redes sociais.
Macacos malditos!
Eles que nos levam a refletir sobre nossos erros.
Como sábios tataravós, que lamentam sobre os rumos dos herdeiros.