EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
Foto do(a) coluna

Pequenas neuroses contemporâneas

Opinião|Investir em bitcoin? Espere

PUBLICIDADE

Atualização:

 

 

Bitcoin é a moeda perfeita.

PUBLICIDADE

A ideia nasceu há mais de 20 anos, quando a internet engatinhava, por gênios da criptografia do Vale do Silício, que num dos primeiros blockchains, corrente de dados controlados sem um poder central, se pensou numa moeda sem a interferência dos poderosos bancos centrais.

O raciocínio é simples: há muito o dinheiro não tem como lastro o ouro; banco quer nosso dinheiro para lucrar. Por que não criar uma moeda sem intermediários, agentes financeiros, livre para transações internacionais?

Com medo de serem enquadrados em leis federais, inventaram um personagem Satoshi Nakamoto.

Nakamoto  na verdade era vizinho de Craig Wright. Pegou o nome emprestado para, em 2008, durante a crise dos bancos mundiais, criar enfim o bitcoin.

Publicidade

Deram um lastro para a moeda e passaram a vender num galpão vizinho a Wall Street, durante um Occupy Wall Street.

Era um leilão de vendas diárias ao vivo e online.

A palavra de ordem é: transparência e descentralização.

Não há taxas de transações, nem sigilo bancário.

Todas as informações estão na rede para todos consultarem.

Publicidade

Aos poucos, o público alternativo e militante foi sendo absorvido pelo mercado financeiro.

Japoneses e chineses passaram a negociar a moeda.

A Bolsa de Chicago passou a fazer transações da moeda.

Não adiantou as pressões dos grandes bancos, nem das acusações dela servir a traficantes, crime organizado, lavagem de dinheiro e, ultimamente, políticos corruptos.

A moeda pegou.

Publicidade

Como disse pensador francês, Michael Trazzi, da Ecole 42 de Paris, "bitcoin is the new gold".

Quem comprou lucrou.

Quer comprar?

Pode arriscar, mas saiba que este é o começo de uma nova era, e outras moedas criptografadas já estão nascendo.

Aquela que adquirir a confiança do bitcoin, estoura igualmente.

Publicidade

Opinião por Marcelo Rubens Paiva
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.