Desde que me entendo por gente, há uma missão no país: fazer as pessoas lerem.
Difícil, já que a concorrência é o melodrama, a teledramaturgia eficiente, sedutora, que hipnotiza nas telas de milhões diariamente.
O chiclete dos olhos.
Só na Rede Globo, são de sete a oito produções (novelas) de alto nível no ar.
Nos estádios, quando o marketing no futebol não existia, placas com uma frase atribuída a Monteiro Lobato eram expostas nos gramados: UM PAÍS SE FAZ COM HOMENS E LIVROS.
O objetivo das feiras de livro e bienais era criar leitores.
Tem-se uma certeza: o hábito da leitura, aquilo que desejamos tanto ao Brasil, país muito longe do top do ranking dos que mais leem, é adquirido em casa, na infância.
Temos que insistir sempre. Não desistir.
Segunda-feira, dia 28, estreia o documentário Para Gostar de Ler, que fala sobre a importância da leitura na primeira infância.
Com a participação de Drauzio Varella e Leandro Karnal.
Produzido pela Prodigo.
Dirigido por alguém que conviveu com livros e as nuances do mercado editorial, Francesco Civita.
Depois da sessão, haverá um debate mediado de Marcos Piangers (O Papai é Pop), com o diretor, o escritor Ilan Breman, Wellington Nogueira, fundador do Doutores da Alegria, e Patrícia Pereira Leite, psicóloga e co-fundadora do Centro de Estudos A Cor da Letra.
O evento começa às 19h, no Espaço Itaú de Cinema da Rua Augusta, em São Paulo.