Nunca entendi grades em praças.
Uma epidemia paulistana.
Quem já visitou qualquer grande cidade do mundo viu parques e praças sem barreiras, portões, abertas ao povo.
Central Park, de NY, Hyde Park, de Londres, Jardins de Paris, são abertos, sem grades.
Mesmo no Rio, a orla das praias e no Aterro, nada de cercas.
Em São Paulo há muito se decidiu cercar espaços públicos em nome da segurança.
E com isso transformou áreas de uso comum em espaços intransitáveis e controle limitado.
Propõe-se na cidade a retirada das grades.
Nesta última quinta-feira, serralheiros da Subprefeitura da Sé tiraram grades da Rua Padre Luís Alves de Siqueira, Barra Funda, uma área ajardinada.
Tiraram com maçaricos.
O site da Prefeitura listou os espaços do centro onde as grades foram retiradas:
- Regueb Chohfi, na região da rua 25 de Março, a primeira praça onde a ação foi implantada
- Praça dos Artesãos Calabreses, na Bela Vista, os Arcos do Jânio
- Largo Nossa Senhora da Conceição, no final da rua Pires da Mota
- Praça Álvaro Cardoso de Moura
- Praça Umpei Hirano, no Cambuci
- Área verde na esquina das ruas João Passalaqua e Prof. Laerte Ramos de Carvalho, Bela Vista
- Canteiro no entroncamento das ruas São Joaquim e Conselheiro Furtado, Liberdade
- Canteiro central da avenida Tiradentes
- Canteiro Central da ligação leste oeste na região do Glicério.
Uma equipe técnica da subprefeitura estuda novas praças em que retirarão as grades, para qualificar o uso do espaço público restaurando as praças para a população.
"Grades em áreas públicas não combinam com uma gestão democrática. As praças estão aí para as pessoas usarem, por isso precisamos devolvê-las para o povo", diz o subprefeito da Sé.
É um começo.
A iniciativa deveria se estender para Trianon, Ibirapuera, muros na USP, Jockey, em prédios da Paulista...
Devolver a cidade a seus habitantes.
E resolver os problemas de segurança pública sem grades. Dá?