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Pequenas neuroses contemporâneas

Opinião|devaneios

Atualização:
 Foto: Estadão

 

Hj último dia da peça IL VIAGGIO, 21h

Onde: Espaço dos Parlapatões (praça Franklin Roosevelt, 158, Centro, São Paulo, tel. 0/xx/11 3258-4449)

Quanto: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada)

Olha o que escreveu Miguel Arcanjo Prado do site R7:

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Como seu próprio nome diz, Il Viaggio é uma verdadeira viagem pelo que a mente humana é capaz de produzir, com devaneios sem necessidade de coerência, seja de olhos bem abertos ou para sempre fechados.

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E continua:

O texto, de um roteiro inédito do cineasta italiano escrito em 1965 e adaptado agora pelo competente Marcelo Rubens Paiva, conta a história do violoncelista Mastorna, interpretado por um corretíssimo Ésio Magalhães, que já havia demonstrado talento em Diário Baldio, com seu grupo, Barracão Teatro.

O personagem se vê à volta de um sério problema: após um acidente com seu avião, não compreende direito o mundo e as pessoas que o rodeiam. Sem passar do ponto, Magalhães consegue passar todo o aturdimento pelo qual Mastorna passa.

A encenação traz elenco ajustado. A atriz Paula Cohen embarca no humor, tanto ao fazer uma aeromoça afetada ou a celebridade do momento. Tem domínio do corpo e do tempo da comédia. Outro destaque é Paula Flaiban, vertiginosa e visceral. Sempre que entra no palco, seja como a voluptuosa dançarina ou a apresentadora do concurso final, magnetiza olhares com interpretação frenética e segura. Helena Cerello incorpora a aura sexy de uma aeromoça espevitada que encanta o protagonista e ajuda a manter o clima de frenesi que envolve a peça. Também estão no tempo certo Ed Moraes, que faz papeis menores, mas nem por isso menos importantes, e Paulo Federal, dono de bela voz e segurança no palco inegável. A direção inventiva de Granato acerta ao promover um caos cênicos para contar a história surreal na qual Mastorna se mete. No mundo dos sonhos - ou do pesadelo - tudo é possível, e o diretor consegue extrair isso de seus atores, que usam talento em variados papeis, e de sua montagem, que não se acovarda diante da proposta do texto. Muito pelo contrário, Granato ousa. Vai além. E o público embarca no avião de sonho desde o primeiro instante. Segue, de olhos bem abertos, o um jogo de palavras, imagens e ações que o leva para longe da realidade e perto da imaginação solta que a arte do teatro pode propor

Prego...

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Opinião por Marcelo Rubens Paiva
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