EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
Foto do(a) coluna

Pequenas neuroses contemporâneas

Opinião|Da pá virada

Primeiro, descobrimos como ALEX ATALA é pop.

PUBLICIDADE

Atualização:

Sua galinhada atraiu bem mais do que o esperado no Minhocão e simbolizou o sucesso [ou desorganização] da Virada Cultural deste fds.

Segundo... Como o novo brasileiro tem fome voraz pelo consumido pelas "zelites"!

Não só nos aeroportos e roteiros turísticos.

Um prato simples até atrai uma multidão, gera filas e confusão.

São Paulo fica diferente na Virada.

Publicidade

Parece atacada por zumbis com sede de cultura.

Todos ganham.

O jeito é, por que não, passar uma madrugada acordado e zelar pelo celular [a colunista Nina Lemos teve o seu roubado 5 minutos após pisar na Virada].

E noia mesmo é área VIP na região da cracolândia.

Noias foram outro destaque da Virada.

Publicidade

Achei ótima ideia parte da Virada ser no território deles.

Forçar o contato entre a população e aqueles que só conhece por fotos nos jornais.

Quem não tem o hábito te ir ao Centro viu que eles existem aos montes e são cidadãos respeitáveis, que merecem atenção.

O tempo ajudou e a lua cheia brindou como a cereja do bolo [a maior lua em 18 anos].

E conheci o novo Sesc Bom Retiro, na verdade no bairro de Campos Elísios, charmoso de doer, que pode ser o começo da renovação da região com tanta história.

Publicidade

Em cuja lanchonete se paga R$ 1 pelo pão de queijo, R$ 3 pela sopa, R$ 3,50 pelo sunday.

PUBLICIDADE

E em cujo teatro você pode ver peça baseada no roteiro nunca filmado de Fellini, A VIAGEM DE G MASTORNA.

Cony escreveu na ILUSTRADA desta sexta:

Fellini, que fazia caricaturas para uma revista, sonhava filmar uma história de Dino Buzzati, com o estranhíssimo título de "A Viagem de Giuseppe Mastorna". Foi processado pelo produtor, Dino De Laurentiis, porque nunca rodou uma única cena.

Isso não impediu que Fellini fizesse outros filmes, inclusive "Oito e Meio", que conta exatamente o drama do artista que persegue uma grande obra, começa a embromar o produtor e exige locações absurdas, como uma praça medieval com um Boeing no meio, e algumas instalações que parecem rampas de foguetes espaciais. Ele não acredita que a produção consiga o absurdo, mas o produtor arranja dinheiro e leva o diretor para ver o cenário e dar uma entrevista à imprensa internacional.

Publicidade

O diretor desmaia ao ver o que foi feito, tem de dar alguma explicação aos jornalistas. "Eu paguei um dinheirão a todos eles, diga qualquer coisa sobre o filme, invente!". O produtor está furioso. Uma repórter alemã grita para os jornalistas: "Ele não tem nada a dizer!".

"Oito e Meio" é em parte o que restou de "Giuseppe Mastorna": um filme sobre um filme que jamais seria feito. Na última entrevista que deu, Fellini confessa que todos os seus filmes são pedaços do projeto inacabado, projeto que ele perseguiu por toda a vida sem conseguir realizar.

Filme que virou lenda [ou maldição].

E hoje, no ESTADÃO, matéria assinada por FLÁVIA GUERRA:

http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,peca-teatral-se-inspira-em-roteiro-inedito-do-diretor-de-cinema-federico-fellini,869722,0.htm

Publicidade

 

Peça teatral se inspira em roteiro inédito do diretor de cinema Federico Fellini

Marcelo Rubens Paiva adaptou texto que começou a ser filmado nos anos 60, mas não foi concluído

07 de maio de 2012 | 10h 21

Opinião por Marcelo Rubens Paiva
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.