Quem diria, Bolsonaro a cada dia que passa se parece mais com um líder do regime bolivariano da Venezuela.
O país bicho-papão das esquerdas, que a dividiu, trouxe estrago em eleições a quem um dia o defendeu e que se transformou num regime indubitavelmente ditatorial, aos poucos reflete o regime bolsonarista.
Ambos líderes minimizam os impactos da pandemia e defendem o uso da cloroquina.
Em ambos, generais em posição de sentido. Ambos militarizaram o poder, corroendo a estrutura civil, num a chantagem clara à oposição.
Ambos têm problemas com sua Corte Suprema. Lá, fecharam. Aqui, ameaçam.
O Congresso vive sob ataque. A imprensa vive sob ataque. Lá, terminaram concessões, como a da RCTV (Rádio Caracas Televisión). Aqui, ameaçam.
Ambos defendem armar a população. Lá, criaram a Milícia Nacional Bolivariana da Venezuela, com quase 160 mil homens e mulheres armados. Aqui, o projeto está em andamento, num governo que condecora milícias.
Ideais populistas confundem as ideologias de ambos.
Em ambos, a pobreza dispara, a moeda derrete, a recessão econômica não tem fim.
Para piorar, ambos têm problemas com os EUA. Segundo a Reuters, os EUA podem impor restrições das viagens para e do Brasil, por conta da explosão de casos de coronavírus.
Disseram que o PT levaria o país à uma ditadura bolivariana.
Era fake news.