Enfim, com o aval das urnas, o socialismo acaba.
Como as classes sociais tinham sido extintas nos governos anteriores, princípio socialista, voltamos a dividir a sociedade em trilhardários, bilionários, milionários, ricos, classe média alta, classe média-média, classe média baixa, pobres, miseráveis e pés-rapados.
O dinheiro das classes do topo da pirâmide, tomado e distribuído entre os mais pobres nos anos anteriores, será devolvido.
Os metalúrgicos que moram conosco desde a ascensão do socialismo podem deixar o quarto de hóspede e a sala de nossos lares.
Uma pena, porque, depois de tantos anos, me apeguei a eles, que ocupam a metade do meu três-quartos e fazem reparos numa camaradagem socialista no encanamento, parte elétrica e cozinha.
Por vezes, repartimos os cuidados das crianças. Repartíamos. Podemos retornar ao apartheid social.
A piscina do condomínio volta a ser frequentada apenas pelos moradores ou locatários do condomínio, não mais por toda a vizinhança.
Depois de anos de censura esquerdista, a imprensa volta a ser livre. Sugiro intervir em emissoras socialistas. Membros da família Edir Macedo e Silvio Santos têm total competência para instaurar uma TV sem partido.
A socialização dos meios de produção se encerra.
Indústrias voltam aos industriais, bancos, aos banqueiros, comércio, aos proprietários.
Teatros, dependências e piscinas do Sesc serão fechadas.
Escolas do Sesi e Senai passarão para o controle militar.
A renda voltará a ser desigual, depois de um período em que a bandeira brasileira foi vermelha.
O Estado deixa de controlar a economia e dividir igualitariamente a renda.
Homens e mulheres não são mais iguais.
Igreja e Estado voltam a se unir.
Agora, precisamos entender o que significa o fim do politicamente correto.
E decidir se mudamos o nome do Internacional de Porto Alegre para Ouvirundum de Porto Alegre, e trocamos o colorado pelo verde e amarelo.