Por traz do sucesso de algumas animações, uma regra banal: vêm sem fala, com referências do mundo contemporâneo, que agrada adultos e crianças.
Pouco a pouco, as animações que primeiro conquistaram o YouTube, se popularizaram e faturaram, entram em outros grandes canais.
Meu filho Joaquim, agora com 4 anos, xeretando meu tablet, foi quem descobriu quando tinha 2 anos a produção russa Booba, da Sparrow 3D (já tinha descoberto sozinho o genial desenho russo Marcha e o Urso, em russo, que foi para a TV aberta, para os cinemas e agora está dublado nos principais canais de streaming).
Booba entrou no ar no YouTube em 2014, contempla mais de 30 episódios e acaba de entrar na grade da Netflix.
É sensacional. Sem texto, trata-se de uma figura que se comporta como um garoto de cinco anos e pode ser de outro planeta, que desvenda os segredos de ambientes fechados, como garagem, cozinha, escritório, sótão, e espaços vazios.
Adultos não aparecem. Só ele.
Curioso e guloso, come de tudo, menos comida de verdade. Come a casca, não a banana.
Ele passeia também por escolas, shopping, lojas vazias, halls de cinemas. Sempre ambientes vazios.
E vai descobrindo ao seu modo e atrapalhado como as coisas funcionam
A voz é dublada pelo ator Roman Karev. E, apesar de russo, traz um sem número de referências do clássico cinema capitalista (norte-americano), de Missão Impossível a Apocalipse Now.
Os produtores de Bobba investiram pesado no YouTube, com canal próprio; a cada novo episódio, surgia uma compilação com a novidade; vídeos de como desenhá-lo estão na rede; agora, até lojas online de produtos oferecem de tudo, de canecas a camisetas.