Há 30 anos eu lançava FELIZ ANO VELHO no SESC POMPEIA, que também inaugurava.
Os convivas eram meus colegas da ECA -USP, parentes e amigos da família.
Surpresos ao saberem que um PAIVA virara escritor e, mais ainda, na coleção CANTADAS LITERÁRIAS da BRASILIENSE, que se gabava de ressuscitar a literatura brasileira que saía do coma depois de anos de ditadura, exílio e censura.
Na verdade, o livro quase se perdeu.
Sua única cópia ficou jogada uns dias no banco traseiro de um GURGEL sem capota - o editor CAIO GRACO achava que eu tinha xerox dos originais.
Pobre que eu estava na época, claro que não tinha.
E o quarteto de ouro da editora- CAIO TÚLIO, MATINAS SUZUKI, LUIZ SCHWATRZ e CAIO FERNANDO ABREU, seus assistentes e conselheiros- tentava desencorajar o editor a publicá-lo.
Fracasso garantido, diziam.
CAIO GRACO bancou sabe-se lá por quê.
Sentia 1 potencial no livro que eu mesmo desconhecia.
Livro que demorou pra pegar. Foi no boca-a-boca.
3 décadas depois, uma obra razoável [todos os livros agora editados pela OBJETIVA], muitas peças de teatro [minha paixão platônica], crônicas, matérias jornalísticas e até roteiros de cinema.
Meus primeiros 2 livros ainda foram cuspidos por uma máquina de escrever.
Com tendinites e bursites herdadas, deixo aqui a iconografia de uma vida literária cuja prioridade sempre foi a diversidade, a diversão.
Viajar de graça...
E fazer amigos.