Era a imagem da serenidade, bondade, plenitude.
Com sua túnica, cabelo raspado a voz suave, dava conselhos no vilarejo de seu templo.
Mas, como muitos, caiu na tentação do materialismo e do luxo tolo.
A vida monástica foi suplantada pelo consumo e prazeres materiais.
E, pior, não tomou o cuidado de esconder.
Primeiro, o monge Wirapol Sukphol da Tailândia postou, de óculos escuros e num jatinho particular, vídeo no YouTube em 2013.
Viralizou.
Ganância, prepotência. Desperdício: tudo o que não se encaixava na figura de um líder budista, que fugiu para os EUA.
O Ministério da Justiça tailandês o pegou no flagra: descobriu que o monge comprou 22 automóveis Mercedes Benz, obteve uma mansão no sul da Califórnia e em Ubon Ratchathani.
E teve um filho.
Hoje, Wirapol é acusado de fraude, lavagem de dinheiro e estupro; monges devem viver sob o regime do celibato e não encostar em dinheiro.
Os EUA o extraditaram depois de quatro anos da sua fuga da Tailândia.
Crise ética em tudo e todos.
E quem acreditar...?
fonte: jonathan head/bbc