Acontece.
Passar o Carnaval levando o estandarte de um bloco e protegendo a assediada rainha da bateria. Acontece.
Chegar na estação do metrô prestes a fechar, sob chuva, e descobrir que seu acesso está em manutenção. Há dias. E xingar o governador em voz baixa.
Acontece.
Encontrar na esquina a porta de um registro de uma telefônica escancarada, descobrir que a coisa mais fácil é infernizar os vizinhos e cruzar linhas. Acontece.
Explicar para um gringo perdido num dos shoppings mais movimentados da maior cidade da AL, que recebe milhares de estrangeiros e não sabe sinalizar, onde estão os elevadores.
Acontece.
Não entender de onde vem tanto cabelo, apesar dos 53 anos, não conseguir penteá-lo e descobrir que tem pessoas com o mesmo distúrbio.
Acontece no mais movimentado dos shoppings da maior cidade da AL, que recebe milhares de estrangeiros e não sabe sinalizar onde estão os elevadores, depois de encontrar na esquina a porta de um registro de uma telefônica escancarada, descobrir que a coisa mais fácil é infernizar os vizinhos e cruzar linhas, no caminho da estação do metrô, cujo acesso na volta estava em manutenção, no Carnaval em que se leva o estandarte de um bloco e protege a deslumbrante rainha da bateria, e na ressaca faz amizades com um ser pré-histórico que viverá mais do que qualquer um de nós.
Duvida que aconteça?