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Pequenas neuroses contemporâneas

Opinião|A gênese da revolução teatral de Antunes Filho

Atualização:

Foto: Wilson Ribeiro de Souza/CEDOC FPA

 

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Antunes Filho era um dos melhores diretores do excelente teatro comercial de São Paulo, apelidado de "teatrão". Um garoto aprendiz talentoso.

Mas, inquieto, sentiu que a dramaturgia ESTAVA CONDENADA ao palatável, ao realismo, acomodava-se. Faltava dialética. Faltava inconsciente. Faltava desequilíbrio.

Pouco a pouco, começou a inovar a linguagem cênica e a se afastar da sua escola, o TBC.

Até rasgar os manuais e revolucionar de vez o teatro brasileiro com Macunaíma na década de 1970.

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A semente desta inquietação pode ser vista no SescTV e pela internet (sesctv.org.br/avivo), que exibem a versão de Vestido de Noiva, com a deslumbrante Lilian Lemmertz, Edwin Luisi e Nathália Timberg.

O clássico de Nelson Rodrigues, dirigido pelo paulista Antunes Filho (que se tornaria posteriormente um grande defensor e pesquisador do teatro do autor carioca relegado e patrulhado por suas posições políticas), foi gravado em 1974 para o programa Teatro 2 da TV Cultura, quatro anos antes de Macunaíma estrear.

Pode também ser vista pela internet:

Vestido de Noiva foi encenado pela primeira vez em 1943 e causou furor no teatro brasileiro, com direção de Ziembinski.

Peça com vários planos (real, fantasia, presente, inconsciente), conta a história de Alaide, que é atropelada por um automóvel, passa por uma cirurgia, relembra o desentendimento que teve com a irmã Lúcia, depois de roubar seu namorado. Alaide quase inconsciente é transporta da para o bordel de Madame Clessi, onde rememora o seu casamento

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Estreia: 10/3, sexta, às 23h.

Reapresentações: 11/3, sábado, às 22h; 14/3, terça, à 1h; e 15/3, quarta, às 24h.

Opinião por Marcelo Rubens Paiva
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