Zoação à parte.
Vi este lance de frente, in loco!
O gol não feito que poderia matar de enfarte milhões de corintianos.
Alessandro é o último homem de defesa corintiana.
Passa mal a bola, rebate no artilheiro, que entra sozinho no campo corintiano.
O estádio inteiro não acredita no que vê.
Entre Diego Souza e as traves, um goleiro gigante, Cássio.
Ele tem todo o campo para carregar a bola e pensar no que fazer.
Até olha para os lados, porque ele mesmo não acredita que está só.
E a torcida se olhou, entendeu, viu a tragédia iminente: mais uma vez estamos fora.
Segundo tempo, 12'. Se o Vasco fizesse, o Corinthians teria que fazer dois, para passar à tão sonhada semifinal.
Praticamente impossível.
Porém, o único calmo do épico de poucos segundos que durou uma eternidade era a vítima, o goleiro.
Surpreendentemente, ele não se jogou sobre o goleador, não correu para trás, manteve a distância que cobria a visão do gol.
Diego avançava, na mesma velocidade, enquanto Cássio impassível, sempre mantendo a mesma distância do gol.
O atacante não poderia encobrir.
O goleiro com sangue frio não se desconcentrou.
Chutou no canto, o salvador espalmou.
Não foi o gol mais perdido da rodada.
Foi a defesa mais espetacular dela.
Frieza ganha jogo, é o segredo do bom profissional.
Confira: