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Opinião|Zé Lins e o futebol

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Foto do author Luiz Zanin Oricchio
Atualização:

"Muita gente me pergunta: mas o que você vai fazer no football? Divertir-me, digo a uns. Viver, digo a outros. E sofrer, diriam os meu correligionários flamengos. Na verdade, uma partida de football é mais alguma coisa que um bater de bola, que uma disputa de pontapés."

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Era assim, de maneira ampla, que José Lins do Rego definia seu esporte favorito em uma de suas crônicas. Zé Lins tornou-se torcedor fanático do Flamengo e depois dirigente do clube e da própria CBD (Confederação Brasileira de Desportos), entidade que congregava todos os esportes, inclusive o futebol, antes da criação da CBF. Chegou a comandar uma delegação da seleção brasileira ao exterior.

No entanto, até a juventude, pouco ligava para o futebol. Entusiasmou-se com as atuações de Leônidas da Silva durante a Copa do Mundo de 1938, na Itália. Como nessa época o Diamante Negro jogava no Flamengo, este se tornou o clube do escritor. Entrou para as fileiras do Mengo como quem abraça uma religião nova - de maneira fanática. Escreveu regularmente uma coluna diária chamada Esporte e Vida no Jornal dos Sports, entre 1945 e 1953, voltando a publicá-la entre janeiro e junho de 1957. Seu estilo simples, apaixonado e francamente partidário do time de coração tornou-o muito popular.

Existe uma coletânea dessas crônicas chamada Flamengo É Puro Amor, editada pela José Olympio.

Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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